19 de novembro, 2024

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Assassina de enteado chegou a chorar com o pai da criança

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A vilã eleita pela Espanha é dominicana e tem 43 anos. Chama-se Ana Julia Quezada, casada com o espanhol Angel Cruz.

Em 27 de fevereiro, Gabriel Cruz, de 8 anos, filho de Angel e enteado de Ana Julia, foi dado como desaparecido após sair da casa da avó para brincar em outra residência de primos. O caso provocou imensa comoção na Espanha.

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A família, do vilarejo de Las Hortichuelas (sudeste da Espanha), vivia um drama acompanhado diariamente por milhões de espanhóis. Centenas de voluntários participaram de buscas em matas. A ex-esposa de Angel, Patricia Ramírez, era vista ao lado dele a todos os momentos. Ana Julia também marcava presença, dando apoio aos dois. A dominicana foi até a TVs e, chorando, implorou pelo retorno de Gabriel.

Esse foi o fim dos primeiros capítulos do drama nacional. Nos seguintes, a reviravolta. No último domingo, o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido, anunciou que a polícia havia encontrado o corpo do menino.

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Ana Julia consola o marido (Foto: Reprodução / Twitter)

Imagens de Ana Julia aos prantos, usando uma camisa branca com a foto do enteado e abraçando o marido, comoveram a Espanha no velório do corpo de Gabriel, na catedral de Almería. A multidão gritava: “Todos somos Gabriel!”

Só que as lágrimas de Ana Julia não eram de verdade. Interrogada na terça-feira, a dominicana confessou ter matado o enteado.

 

Chorando, Ana Julia abraça o marido (Foto: Reprodução / Twitter)

A assassina confessa relatou que Gabriel a agredira e ela respondera com uma pancada com machado. Depois, a dominicana asfixiou o enteado. O corpo foi achado no carro dela. Ela já estava no radar dos detetives após informar ter achado uma camiseta de Gabriel em uma área que já havia sido vasculhada pelos agentes.

A revolta explodiu nas redes sociais, onde a dominicana foi retratada com chifres diabólicos. Manifestações racistas também ecoaram na web.

 

Ana Julia Quezada tratada como ‘diabo’ no Twitter (Foto: Reprodução / Twitter)

O ódio atravessou o Atlântico. Uma petição on-line assinada por centenas de milhares de pessoas pede que a Justiça da República Dominicana peça a extradição de Ana Julia para que ela “não se aproveite das boas condições de uma prisão espanhola”.

A polícia cogita reabrir o caso de uma outra morte que tem relação com Ana Julia. A filha mais velha da dominicana, que migrara com a mãe para a Espanha em 1995, morreu um ano depois ao cair de uma janela do apartamento onde vivia. À época, a morte foi considerada acidental.

 

Ana Julia é presa (Foto: Reprodução / Twitter)

 

Fonte: Extra

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