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“Fim” é o nome de uma linda canção que inicia o último álbum musical do João Bosco e que tem a letra escrita pelo seu filho Francisco Bosco, dupla que se complementa criando obras marcantes. Vejo um grande valor simbólico em uma música chamada “Fim” iniciar um álbum de canções. Canções que “como as epidemias” sempre estarão recomeçando.
Entendo que todo fim antecede um novo começo nas nossas vidas. O fim de nossa concepção antecede o início de nossa gestação e seu final antecede nosso parto que, ao final, antecede nosso nascimento e estes ciclos continuam se repetindo. Acredito que nossas vidas sejam formadas por fins e inícios.
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Os sonhos também chegam ao fim, mas eles podem ser belos e marcarem o início de outros, igualmente belos. E os sonhos continuam a entrar em nossos dias, abrindo portas e janelas até deixarem a luz entrar, espantando a escuridão empoeirada de nossos quartos.
Vejo pacientes chegando no HC de Botucatu cheios de esperanças. É o fim da busca e o início de uma possível cura ou de uma situação melhorada. E chegam ao fim que esperavam quando vão para casa ou ao fim inesperado quando iniciam uma nova vida longe daquela que chegou ao fim.
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Neste ciclo impar inevitável de finais e inícios, de partidas e chegadas, de sonhos e sonhos, acredito que vamos ficando mais maduros. Temos a maturidade trazida por vários inícios e fins. Talvez tenhamos a idade marcada em nossos corpos, não pelos anos vividos, mas pelos fins e inícios que vivemos.
Termino dedicando esta coluna cheia de fins e inícios à Dra. Daniela que, nesta semana, viveu intensamente o fim de alguns sonhos enquanto aguarda o início de outros.
Bons votos a todos e que nossos próximos governantes tenham um bom início, parecido com o “Fim”, belo poema do Francisco Bosco, musicado por seu pai.
**Dr André Balbi é médiconefrologista, professor adjuntode Nefrologia da Faculdade deMedicina de Botucatu (FMB) eatual Superintendente do HCFMB.