23 de novembro, 2024

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Artigo: Dos mortos para você – Por Lourival Panhozzi

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Há muitos silêncios a ouvir. O silêncio dos mortos, talvez, seja o mais valioso, pois nos revela que os nossos pensamentos valem uma resposta, nossas preces uma compreensão, nossas atitudes, quando pautadas pela humildade, uma vida com mais propósito e plenitude.

O silêncio dos mortos são vozes de sabedoria. Quando as ouvimos, podemos refletir em uma sintonia aberta de energias. Esses sussurros que tocam o coração nos fazem ver, de forma diferente, situações e fatos que sempre estiveram à nossa frente, mas que até então não faziam sentido. Quando abrimos os ouvidos da alma, esse silêncio são vozes e transformam nossos pensamentos em respostas.

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Respostas nos levam a raciocinar e os raciocínios são o maior legado da nossa evolução humana, mas é preciso saber direcioná-los para se obter resultados positivos. Focá-los sempre no aprendizado continuado, porque assim, como tudo que tem valor, se utilizado de forma errada, se perderá em encruzilhadas sem saída. Até mesmo as maiores fortunas terrenas, independentemente da quantidade que se tenha, perde seu valor e não faz feliz àquele que não a utiliza com sabedoria.

Ao se ouvir a voz dos sábios, que não mais estão entre nós, sejam nossos avós, pais, mentores, heróis, mesmo que não em diálogo direto, poderemos ouvir que se alguém tentar lhe dar um presente e você não aceitar, esse presente, muitas vezes de grego, ficará nas mãos do ofertante. Ouviremos que as maledicências, que brotam de certas bocas, nunca irão florescer se não forem regadas com a mesma energia negativa. Lembrando que a boca somente fala do que o coração está cheio.  Se analisarmos bem, veremos que a maior parte dos nossos problemas saíram de nossas bocas, por meio de palavras ditas, que se pensadas jamais teriam sido pronunciadas.

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Ninguém fala mal de quem já morreu. E não é porque todos foram mártires ou santos enquanto aqui caminharam. Ninguém fala dos mortos porque eles não refutam ofensas. Pessoas que ofendem necessitam ser contrapostas, alimentando a fogueira da sua ira.

Quando alguém te desagradar, lembre-se, ele também um dia vai morrer, o seu destino final e o dele são iguais, mas o caminho até esse dia não! Todo trajeto precisa ser garimpado, todos os dias, pois nele existem tesouros de conhecimento a serem colecionados e você não tem tempo para ser desperdiçado recolhendo dejetos.

Dejetos contaminam as pepitas de ouro, as quais devem iluminar sua jornada existencial. Não permita que isto ocorra.

O silêncio dos mortos tem a dimensão da saudade que sentimos e nos revela que os nossos pensamentos valem ouro. Ouça sempre com o coração aberto, recolha esse ouro da sabedoria, tombe fora as palavras de ódio que apodrece tudo a sua volta com o veneno da ignorância e da ira.

No silêncio podemos mais!

 

* Lourival Panhozzi é empresário, Diretor Funerario – Pres. Abredif/Sefesp -, Diretor do CTAF, Sistema Prever e Solucard.

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