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Um novo estudo científico revelou a capacidade de adaptação das abelhas na construção de suas colmeias. Ao serem desafiados com bases de plástico impressas em 3D em diferentes tamanhos e formatos, esses insetos demonstraram que, mesmo em condições adversas, conseguem erguer favos estáveis e funcionais.
A pesquisa, portanto, debate como a vida na Terra desenvolveu soluções engenhosas para problemas de sobrevivência. E reforça um ponto crucial: preservar as abelhas, hoje ameaçadas por mudanças climáticas e pelo uso de pesticidas, é também garantir a continuidade do patrimônio natural de inovação e equilíbrio ambiental.
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As colmeias, formadas por células hexagonais que armazenam mel e abrigam as larvas, são consideradas exemplos clássicos de engenharia natural. Na pesquisa, publicada na revista PLOS Biology, cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, identificaram três principais estratégias usadas pelas abelhas: fundir células menores, inclinar construções para reduzir aberturas e criar novas camadas sobre fundações maiores.
“Essas pequenas construtoras parecem ter uma compreensão intuitiva da física por trás da construção coletiva”, destacou a pesquisadora Orit Peleg, coautora do estudo, à Smithsonian.
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A descoberta reforça não apenas a complexidade do comportamento coletivo das abelhas, mas também o papel fundamental desses insetos para os ecossistemas. Ao polinizarem parte das plantas cultivadas e silvestres, elas sustentam cadeias alimentares inteiras e ajudam a manter o equilíbrio ambiental.
Segundo os cientistas, as estratégias observadas podem inspirar avanços em áreas como arquitetura, design e engenharia de estruturas coletivas, além de abrir caminhos para novas pesquisas sobre a resiliência da natureza diante de ambientes em transformação.
No entanto, especialistas como o biólogo Michael L. Smith, da Universidade de Auburn, ponderam que tais comportamentos podem ser instintivos, e não necessariamente fruto de uma cognição avançada.

Fonte: Um Só Planeta