20 de setembro, 2024

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Arqueólogos encontram evidências da destruição de Jerusalém pelos romanos

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Durante escavações no Parque Nacional da Cidade de David, arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês) revelaram indícios da destruição romana de Jerusalém em 70 d.C. Os achados foram divulgados pela entidade no Facebook em 27 de julho.

Conforme o site Heritage Daily, a destruição de Jerusalém foi uma resposta à Grande Revolta Judaica, a primeira de várias revoltas da população judaica da Judeia contra o Império Romano. Os judeus se manifestaram devido ao aumento das tensões religiosas e aos altos impostos.

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Evidências da destruição romana de Jerusalém foram descobertas em escavações na Cidade de Davi (Foto: Arquivos da cidade de David; Yaniv David Levy, Autoridade de Antiguidades de Israel)

Isso levou à destruição do Segundo Templo e à prisão de importantes figuras políticas e religiosas judaicas pelos romanos. Jerusalém ficou sob cerco por quatro meses após a chegada de quatro legiões romanas para punir o povo judeu.

Cerca de 2 mil anos após a destruição do Segundo Templo e o incêndio de Jerusalém pelos romanos, os arqueólogos revelaram restos de edifícios que desabaram ao longo da “Estrada dos Peregrinos”, a principal rua da cidade durante o período em que o templo existia.

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Escavações dos restos da destruição romana de Jerusalém (Foto: Arquivos da cidade de David; Yaniv David Levy, Autoridade de Antiguidades de Israel)

Um dos prédios tinha vestígios de traves de madeira queimada da época da destruição, além de vasos de pedra decorados, um peso de pedra, um cadinho para derreter metal e uma tigela de bronze.

Além disso, os pesquisadores descobriram uma moeda do segundo ano da Grande Revolta contra os romanos, com a inscrição “Pela liberdade de Sião”. De acordo com Yaniv David Levy, pesquisador do departamento de moedas da IAA, o objeto foi perfurado intencionalmente.

Item descoberto durante as escavações da destruição de Jerusalém pelos romanos (Foto: Arquivos da cidade de David; Yaniv David Levy, Autoridade de Antiguidades de Israel)

“A moeda foi perfurada deliberadamente para permitir que fosse pendurada”, conta Levy no post no Facebook. “A identidade da pessoa a quem a moeda pertencia provavelmente nunca será conhecida, mas preservar objetos como lembranças não é um fenômeno novo.”

De acordo com o pesquisador, a equipe tem evidências de que uma família judia guardou moedas do período asmoneu (140 e 116 a.C.) e as escondeu em uma caverna durante a Segunda Revolta Judaica.

“A tragédia deles nos permitiu encontrar essas moedas juntos e entender que os rebeldes, liderados por Shimon Bar Kokhba, viram importância nessas moedas e as levaram com eles para o refúgio”, conta Levy. “Essas moedas não tinham nenhum valor econômico e eram guardadas como lembranças”.

Durante a escavação, arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel revelaram restos de edifícios que desabaram ao longo da “Estrada dos Peregrinos” (Foto: Arquivos da cidade de David; Yaniv David Levy, Autoridade de Antiguidades de Israel)

Segundo o pesquisador, os arqueólogos também sabem de casos de soldados romanos que levaram moedas de judeus derrotados como souvenires; tanto que essas peças já foram encontradas em vários acampamentos militares pela Europa. Mas a moeda descoberta no edifício em Jerusalém mais plausivelmente estava na posse de um judeu.

Conforme reiteram os diretores de escavação da Autoridade de Antiguidades de Israel, Shlomo Greenberg e Rikki Zalut Har-Tuv, “todas essas descobertas juntas pintam um quadro das vidas dos residentes que viviam em Jerusalém pouco antes da destruição”.

Fonte: Galileu

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