26 de abril, 2025

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Arqueólogos desenterram porta que coincide com relatos bíblicos da época do rei Davi

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Arqueólogos da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, junto com colegas de Israel, desenterraram nas Colinas de Golã, perto do mar da Galileia, uma porta que data da época do rei Davi e que coincidiria com as escrituras bíblicas. Foi isso que os especialistas anunciaram após uma expedição que durou 32 anos.

O Oriente Médio abriga parte das origens da cultura ocidental e das crenças religiosas atuais. Isso é acompanhado pela presença de diversos templos e estruturas que resistiram ao passar dos séculos e que ainda se mantêm de pé, mesmo em ruínas. Graças a esses vestígios, historiadores e arqueólogos do mundo todo, interessados em conhecer de perto os fatos que marcaram nossa civilização contemporânea, conseguiram revelar dados relevantes para a história da humanidade.

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Na antiga cidade de Betsaida, no Parque Jordão das Colinas de Golã, ao nordeste do mar da Galileia, foi desenterrada uma porta que dava as boas-vindas a todos. Ela data de entre os séculos X e XI a.C., período que coincide com o reinado do rei Davi, naquilo que se conhece como a era do Segundo Templo.

A característica desses pequenos assentamentos era o alto nível de proteção, para evitar que invasores saqueassem suas riquezas ou destruíssem a presença israelita. Por isso, essa porta, que fazia parte da muralha de contenção, foi removida com muito cuidado para não danificar sua estrutura bem preservada. Além disso, os especialistas apontaram que essa é a mais antiga de todas as já recuperadas nas antigas cidades hebraicas.

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Arqueólogos desenterram porta que coincide com relatos bíblicos da época do rei Davi (Foto: Reprodução)

Em entrevista ao The Jerusalem Post, a professora Rami Arav, da Universidade de Nebraska, relacionou a descoberta com as escrituras bíblicas.

— Não há muitas portas das capitais deste país desse período. Betsaida era o nome da cidade durante o período do Segundo Templo, mas durante o período do Primeiro Templo era a cidade de Zer — afirmou, apoiando-se em Josué 19:35: — As cidades fortificadas eram Zidim, Zer, Hamate, Recate e Quinerete.

Por causa desse artefato milenar, os pesquisadores acreditam que Davi pode não ter sido o único governante daquela época, mas sim o chefe de uma tribo de israelitas da região. As ruínas ao redor da porta sugerem que, há 3.000 anos, Betsaida pode não ter feito parte de um reino hebraico, mas sim arameu — o que mudaria a perspectiva histórica. Isso foi confirmado graças a uma das figuras esculpidas nas pedras ao redor: a imagem do deus lunar em forma de touro, típica do século XI a.C.

Durante séculos, esse local foi um ponto de peregrinação para cristãos, devido à sua importância simbólica e histórica. Inclusive, os arqueólogos escavaram o solo de um templo romano que foi erguido pelo imperador Filipe, filho de Herodes, no século I d.C. Segundo os registros, esse templo teria sido construído em homenagem a Júlia, filha do imperador romano Augusto.

Joias e moedas

Além da porta significativa, também foram encontrados joias e moedas. Uma delas data do ano 35 a.C. e foi feita para comemorar a chegada de Cleópatra e Marco Antônio. No mundo, existem apenas 12 exemplares dessa moeda.

Vale destacar que a descoberta da porta de Betsaida, ligada ao rei Davi, ocorreu pouco antes da revelação de uma fortificação “monumental” que protegia os reis de Jerusalém, nas imediações da Cidade de Davi, no Parque Nacional das Muralhas.

O fosso foi formado na Idade do Ferro e tem 3 mil anos de antiguidade. Sua primeira menção está no Livro dos Reis, no trecho 11:27. Uma das referências diz: “Reconstruiu o Milo e fechou a brecha da cidade de Davi, seu pai”. O fosso também é mencionado no Livro de Samuel.

Fonte: Época

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