21 de setembro, 2024

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Arqueólogos descobrem que cirurgia cerebral era realizada há 3.500 anos no Oriente Médio

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Um tipo raro de cirurgia cerebral estava sendo realizado há 3.500 anos, afirmam arqueólogos. Eles descobriram esqueletos de dois irmãos da Idade do Bronze que podem ter tido lepra.

Um deles tinha um orifício quadrado de 30mm no crânio, onde um pedaço de osso havia sido removido.

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Restos mortais de dois irmãos achados em Tel Meggido, Israel: caso de craniotomia (Foto: Divulgação/Megiddo Expedition)

O procedimento – trepanação (ou craniotomia) – é uma das mais antigas cirurgias conhecidas. Evidências apontam que diversas civilizações praticavam a trepanação craniana há milhares de anos. Exemplos desse tipo de procedimento médico, que envolve abrir um buraco no crânio, foram encontrados por todo o globo, da América do Sul até a Europa.

Inicialmente, buracos eram feitos para deixar os espíritos malignos saírem. Mais tarde, foi desenvolvido como uma forma de aliviar a pressão no cérebro – e ainda é usado hoje.

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Perfuração na cabeça de homem há 3.500 anos, na região onde se situa atualmente Israel: procedimento de trepanação (Foto: Divulgação/Megiddo Expedition)

Mas a descoberta em Tel Meggido (Israel) é o exemplo mais antigo desse tipo no Oriente Médio e raro na região. Um buraco quadrado foi feito esculpindo quatro linhas que se cruzam e usando alavanca para retirar o osso. A falta de cicatrização óssea sugere que o homem morreu durante ou logo após a operação.

Detalhes da perfuração no crânio de homem cujos restos mortais foram achados em Tel Meggido
Detalhes da perfuração no crânio de homem cujos restos mortais foram achados em Tel Meggido (Foto: Divulgação)

Rachel Kalisher, pesquisadora da Universidade Brown (EUA), analisou os restos mortais dos irmãos que viveram em Tel Meggido por volta do século XV a.C. De acordo com a cientista, os irmãos viviam em uma área residencial adjacente a um palácio de Megido erguido no fim da Idade do Bronze, sugerindo que eram membros da elite da sociedade e possivelmente até da própria realeza. Os homens foram enterrados com cerâmica cipriota, comida e outros bens valiosos semelhantes aos encontrados em outros túmulos locais de alto status.

Em sua análise, ela detectou várias anormalidades esqueléticas que poderiam explicar por que eles morreram jovens, um na adolescência ou no início dos 20 anos e o outro entre os 20 e os 40 anos. Outras evidências também sugerem que eles podem ter morrido de alguma doença infecciosa, como a hanseníase.

Segundo Rachel, também é difícil saber se foi a doença, as condições congênitas ou outra coisa que levou um irmão a se submeter a uma cirurgia craniana. Mas uma coisa ela sabe com certeza: se a trepanação com entalhe angular foi feita para mantê-lo vivo, o procedimento não teve sucesso. Ele morreu logo após a cirurgia – em dias, horas ou talvez até minutos.

Fonte: Extra

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