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O governo da Armênia anunciou, neste sábado (14), que mais de 2,3 mil soldados foram mortos nos confrontos na região de Nagorno-Karabakh. A contagem foi divulgada cinco dias depois da assinatura de um acordo para pôr fim ao conflito na fronteira com o Azerbaijão.
Já o governo do país vizinho disse que não vai divulgar suas perdas militares. Eles disseram, no entanto, que pelo menos 93 civis foram mortos durante bombardeios. Segundo o governo armênio, pelo menos 50 civis foram mortos pelos conflitos iniciados em setembro.
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Os países assinaram, na segunda-feira (9), um acordo mediado pela Rússia para acabar com os violentos combates pelo controle do território que fica na fronteira entre os dois países. O anúncio da trégua provocou manifestações de alegria no Azerbaijão e protestos na Armênia.
Alguns dos moradores da vila de Charektar, na região de Nagorno-Karabakh, decidiram pôr fogo a suas casas como forma de protesto. Essa área é controlada pelo governo do Azerbaijão, ainda que os moradores sejam – em sua maioria – armênios.
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A região viveu, entre setembro e novembro, os combates mais violentos em quase três décadas. Separatistas armênios lutam contra o exército do Azerbaijão, que tentava recuperar a região e teve uma série de vitórias recentes.
Conflito em Nagorno-Karabakh
Soldados do Azerbaijão e forças separatistas pró-Armênia que controlam Nagorno-Karabakh, região conhecida também como Artsakh, entraram em conflito em 27 de setembro. Foi a pior série de confrontos desde a guerra travada entre 1988 e 1994, quando dezenas de milhares de pessoas morreram na disputa territorial.
Os dois lados se acusaram mutuamente pelo começo das hostilidades. O Azerbaijão tenta retomar o controle da região, que formalmente fica em território azeri, enquanto a Armênia quer manter o status autônomo da área acordado desde a década de 1990 pelos países do Grupo de Minsk: Rússia, Estados Unidos e França.
De um lado, armênios argumentam que são a maioria étnica e, por autodeterminação dos povos, têm direito ao controle de Nagorno-Karabakh. Do outro, os azeris entendem que também têm aquela região como parte do território histórico do Azerbaijão.
Fonte: Yahoo!