Anúncios
A Argentina denunciou a Venezuela ao Tribunal Penal Internacional (TPI) pela “detenção arbitrária e desaparecimento forçado” de um policial argentino detido e acusado de ligações com grupos terroristas de extrema direita pelo Ministério Público venezuelano, informou a Chancelaria nesta quinta-feira (2).
A Argentina apresentou a denúncia ao tribunal com sede em Haia para o caso de Nahuel Gallo (foto), ocorrido no último dia 8 de dezembro, e acusou o procurador-geral Tarek William Saab, detalhou em comunicado.
Anúncios
Para o governo argentino, a detenção constitui “uma violação grave e flagrante dos direitos humanos, evidenciando um padrão sistemático de crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos na República Bolivariana da Venezuela, que estão claramente sob a jurisdição do TPI”.
O governo da Argentina já havia exigido a liberação imediata do agente. O presidente Javier Milei, inclusive, acusou o regime de Nicolás Maduro de cometer sequestro com a prisão.
Anúncios
No último 13 de dezembro, o país já havia denunciado a prisão de Gallo, classificando a ação venezuelana como “arbitrária e injustificável”.
Segundo as autoridades argentinas, Nahuel Gallo, primeiro cabo da Gendarmaria Nacional Argentina (GNA), de 33 anos, foi preso na Venezuela depois de entrar no país, a partir da Colômbia, para visitar a companheira e o filho, que completa dois anos em janeiro.
Tarek William Saab disse, em comunicado na sexta-feira passada, que Gallo “tentou entrar irregularmente escondendo seu verdadeiro plano criminoso sob o pretexto de uma visita sentimental”.
Gallo, que permanece detido em Caracas, será indiciado por “conspiração” e “associação criminosa”, disse o procurador.
A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, questionou as alegações de Saab e garantiu que Gallo “entrou na Venezuela de forma absolutamente legal e o que não foi legal foi a forma como foi sequestrado na fronteira”.
A Argentina tem buscado o apoio do Brasil e da Colômbia para tentar intermediar um acordo que liberte o oficial. Segundo o Clarín, o governo Milei também cogita acionar o Papa Francisco.
Para o governo argentino, a prisão do oficial não é um fato isolado e faz parte de uma campanha “sustentada pela hostilidade, intimidação e violência psicológica contra os asilados e empregados da missão argentina” na Venezuela.
Fonte: G1