Anúncios
Santa Bárbara d´Oeste (SP) recebe 186 aves silvestres, entre araras e papagaios, resgatadas de um recinto na cidade de Colina (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), onde houve queimadas nas proximidades nos últimos dias.
Os animais se recuperam dos efeitos da fumaça gerada pelas queimadas e devem ficar 60 dias no local, sob os cuidados de veterinários e biólogos no Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres (Cetras), no Centro Ecológico de Santa Bárbara d’Oeste, antes de voltarem ao refúgio e depois serem soltas na natureza, em seu habitat natural.
Anúncios
“A fumaça contínua pode gerar uma pneumonia química”, afirmou veterinária do espaço em Santa Bárbara.
Recuperação
As aves estavam em um refúgio da cidade de Colina, mas o local foi atingido pela fumaça gerada pelas queimadas e, por isso, foi preciso levá-las a um local saudável, para que pudessem se recuperar.
Anúncios
De acordo com a apuração da reportagem, nenhuma foi ave foi diretamente ferida pelo fogo, entretanto, a fumaça causa alterações no organismo dos animais. Algumas araras perderam penas por conta do estresse gerado pela fumaça, gerada pelas queimadas na região de Ribeirão Preto.
De acordo com a veterinária Taciana Dalla, os animais chegaram à Santa Bárbara d´Oeste na manhã da última terça-feira (3).
“Chegaram em recintos, mas por conta do transporte, os recintos são menores que o habitual. Então, eles chegam estressados, não conseguindo manifestar o comportamento esperado para a espécie. E nessas 24 horas já percebemos melhora, tentativa de voo, menos vocalização”, disse.
Possibilidade de pneumonia química
A veterinária afirma que o contato com a fumaça pode gerar até uma pneumonia química, o que preocupou a equipe.
“Queimada, tem que sair no mesmo momento. No caso, não foi possível e pediram nosso apoio. Depois de alguns dias, conseguimos retirá-las. Não houve contato direto com o fogo, mas pegou fogo próximo da propriedade. A fumaça em inalação contínua gera déficit nos seios nasais, até chegar a uma pneumonia química, e isso era a nossa maior preocupação”, explicou.
Animais mais debilitados
Entre as 186 aves, três papagaios chegaram mais debilitados e precisaram ser alocados ema espaços individualizados, com terapia própria.
A equipe esperava que o percentual de animais mais debilitados fosse maior, em torno de 40%. Porém, de acordo com a veterinária, é necessário aguardar mais alguns dias para que se tenha certeza da avaliação.
“Em todo animal que chega ao Cetras, é feita uma avaliação clínica veterinária, observamos olhos, face, no caso das aves, a plumagem. É feito exame na cloaca, coletamos sangue, pena. Tudo para que seja possível fazer um bom diagnóstico e ver a possibilidade de tratamento ou de verificar uma possibilidade de reabilitação”, apontou.
De acordo com a prefeitura de Santa Bárbara d´Oeste, o trabalho é realizado por meio de convênio com o Governo do Estado, que envia os medicamentos e a alimentação, enquanto o município fornece mão de obra e estrutura.
Fonte: G1