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A Arábia Saudita, um dos maiores petroestados do mundo – produz cerca de 9 milhões de barris de petróleo por ano –, suspendeu os planos de aumentar o limite de fabricação do combustível.
A notícia veio por meio da petrolífera estatal Saudi Aramco. Em um breve comunicado divulgado na terça-feira (30), a companhia anunciou que recebeu uma diretriz do Ministério da Energia para manter sua capacidade máxima sustentável (MSC, na sigla em inglês) em 12 milhões de barris por dia, e não aumentada para 13 milhões.
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“De referir que o MSC é determinado pelo Estado nos termos da Lei dos Hidrocarbonetos, promulgada pelo Real Decreto M/37, de 20/12/2017. A empresa atualizará sua orientação de gastos de capital quando os resultados do ano de 2023 forem anunciados em março”, informou.
O ativista Romain Ioualalen, da Oil Change International, disse ao portal Climate Change News que a decisão mostra que o país “está começando a perceber o que o mundo quis dizer isso quando se comprometeu com a transição dos combustíveis fósseis na COP28”. “A era da expansão desenfreada dos combustíveis fósseis acabou e estamos a entrar na era das energias renováveis”, afirmou.
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Mas, enquanto os defensores do clima celebravam, o investigador de geopolítica energética Francesco Sassi publicou no X (ex-Twitter) que a Arábia Saudita pode estar apenas tentando aumentar o preço do petróleo para equilibrar o seu orçamento.
Ele observou que que nos últimos cinco anos a nação tem queimado menos o seu petróleo para obter eletricidade a nível interno, à medida que aumenta a aposta no gás e investe em energias renováveis, um movimento que permite aumentar as exportações.
Crise entre OPEP e AIE
Enquanto a Agência Internacional de Energia (AIE, na sigla em inglês) prevê que, nos próximos cinco anos, o crescimento da procura de petróleo “deverá perder dinamismo… a medida que a transição energética ganha ritmo, com um pico global a surgir no horizonte”, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, afirma que a procura de petróleo continuará a crescer até 2045 e talvez mais além.
Fonte: Um Só Planeta