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A Arábia Saudita convocou o seu embaixador no Líbano e solicitou que o representante libanês deixe o reino, após declarações do ministro de Informação libanês, que criticou a intervenção militar saudita no Iêmen.
O governo saudita decidiu “convocar o seu embaixador no Líbano para consultas e pediu ao embaixador libanês no reino que deixe o território em 48 horas”, anunciou nesta sexta-feira (29) o Ministério das Relações Exteriores saudita em comunicado. Além disso, o reino sunita decidiu “interromper todas as importações libanesas”.
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Segundo o texto, Riade “lamenta” a deterioração das relações com o Líbano e advertiu que “serão tomadas outras medidas”, mas sem detalhar quais.
Em um programa de televisão gravado em 5 de agosto, mas exibido na última segunda-feira, Georges Kordahi, atual ministro de Informação do Líbano, tachou de “absurda” a intervenção da coalizão militar dirigida pela Arábia Saudita na guerra do Iêmen desde 2015, em apoio ao governo iemenita.
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O ministro, que na época da gravação do programa ainda não fazia parte do governo, também opinou que havia chegado “o momento” de pôr fim às ações da coalizão.
Kordahi, um ex-apresentador de televisão, chegou a afirmar inclusive que os rebeldes houthis, que são apoiados pelo Irã, estavam se defendendo de “uma agressão externa” da coalizão.
Na quarta-feira, o governo saudita considerou que essas declarações representavam um “ataque aos esforços da coalizão” e não estavam “em harmonia com as relações históricas” entre Beirute e Riade.
Tanto o reino saudita como os Emirados Árabes Unidos, que também integram a coalizão, convocaram seus embaixadores no Líbano.
O Bahrein, outro aliado de Riade na coalizão, anunciou hoje à noite que expulsará o embaixador libanês. O diplomata deverá deixar o país nas próximas 48 horas.
Kordahi, por sua vez, disse na quarta-feira que essas declarações refletiam apenas a “sua opinião pessoal”, antes de ser nomeado ministro em 10 de setembro.
O Iêmen é palco de uma guerra civil desde 2014, que já deixou dezenas de milhares de mortos, a maioria civis, e forçou milhões de pessoas a abandonarem suas casas.
Fonte: Yahoo!