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Aos 19 anos, Vinícius Xavier Garcia é detentor de uma marca para poucos: foi aprovado em dez universidades dos Estados Unidos ao mesmo tempo. Ex-aluno do Colégio Pedro II, escola referência na rede pública do Rio de Janeiro, o jovem sempre mostrou interesse pelos estudos.
Participou do modelo de simulação da Organização das Nações Unidas (ONU) na escola de ensino médio e trabalhou como tutor de física, química e matemática. Conquistou prêmios em olimpíadas científicas de matemática, química e astronomia. Também gosta de música e natação.
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A vontade de viver a experiência de morar fora do país foi um dos motivos para buscar uma universidade norte-americana. E a inspiração, contou Vinícius a Agência Brasil, foi o estudante de São Gonçalo, Renan Ferreirinha Carneiro, que em 2013, após se formar no Colégio Militar, foi aprovado em oito universidades norte-americanas.
Por coincidência, Renan Ferreirinha, que é bolsista integral na Universidade de Harvard, foi o mentor de Vinícius no Programa Brasilitas, idealizado pela associação de estudantes brasileiros em Harvard que oferece tutoria para alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública. Vinícius acabou superando o “mentor”.
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“Nos Estados Unidos, as universidades permitem e encorajam você a experimentar um pouco de cada área do conhecimento para que tenha uma formação mais abrangente e diversa. Isto para mim é um dos pontos fortes da educação superior americana”, disse.
Decisão
Vinícius Garcia está agora nos Estados Unidos, percorrendo as universidades onde foi aprovado para escolher em qual vai estudar.
Ele já visitou Duke, Wesleyan, Amherst College, Brown, Harvard, Yale e Stanford. Ainda faltam Minerva KGI, Middlebury College, Carleton College e Colby College.
“Não escolhi ainda! São tantas opções e todas oferecem excelentes formações acadêmicas. Para mim, ficaria difícil fazer uma escolha baseada apenas nas minhas pesquisas sobre elas. Tive a feliz oportunidade de vir visitar as universidades, para assim fazer a melhor escolha possível. O fator principal será como eu me sinto em relação às comunidades escolares, campi, cidades”, disse o jovem, nascido em Belém (PA) e que chegou ao Rio de Janeiro com 2 anos de idade.
Para ser aprovado nas universidades americanas, Vinícius participou do programa da Fundação Estudar, que oferece gratuitamente preparação para jovens do ensino médio interessados em cursar uma graduação no exterior.
O universitário conheceu o projeto quando procurava informações sobre como estudar no exterior. Com apoio da fundação, conseguiu se preparar para o application, espécie de vestibular das universidades norte-americanas.
“A minha experiência com a Fundação Estudar foi incrível e um divisor de águas na minha candidatura. Como as informações sobre estudar no exterior não chegavam à minha escola, tive que procurar muita coisa sozinho”.
Antes de conquistar as vagas nas universidades dos Estados Unidos, Vinícius já tinha garantido cadeira em faculdades no Brasil.
Em 2014, o estudante fez o Enem e foi aprovado em engenharia química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas decidiu não se matricular, pois estava indeciso sobre o curso. No segundo semestre de 2015, foi aprovado para o curso de relações internacionais, também na UFRJ e também não fez a matrícula.
“Assim pude me dedicar ao processo de application, que é bem intenso”, contou.
No final do ano passado, foi aprovado em relações internacionais na PUC-Rio e em matemática aplicada na UFRJ. Optou pela última graduação. “Ainda que saiba que vou estudar nos Estados Unidos, pretendo cursar um primeiro semestre na UFRJ para obter uma experiência universitária e aprofundar meus conhecimentos em matemática”.
Mensagem
O ano letivo nos Estados Unidos começa em setembro, na estação do outono. Os alunos estrangeiros, em geral, chegam antes, em agosto, para poderem ter orientações específicas, incluindo informações sobre a vida no país e a própria universidade.
Para quem quer compartilha do desejo de estudar fora do país, Vinícius deixa a seguinte mensagem: “Provavelmente, a ideia de estudar em outros países pode parecer distante ou mesmo assustadora. Para mim, foi exatamente assim. No entanto, se esse é seu sonho, vale muito arriscar e dar o seu melhor. O pior que pode acontecer é receber um não”.
Fonte: Agência Brasil