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Após 37 dias de limpeza após a Justiça autorizar a entrada no imóvel de um acumulador de recicláveis, a prefeitura de Agudos (SP) concluiu os trabalhos e retirou, no total, cerca de 100 toneladas de material do casarão, que fica na área central.
De acordo com a prefeitura, as equipes encerraram a limpeza na segunda-feira (1º). Para a retirada do lixo, cerca de 10 funcionários da prefeitura foram acionados.
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No total, foram feitas 37 viagens de caminhões, que têm capacidade para transportar de 2,5 a 3 toneladas cada. Todo material foi levado ao aterro sanitário da cidade.
A cidade, de cerca de 37 mil habitantes, está em estado de epidemia de dengue, com 1.067 casos confirmados nestes, com uma morte. Outros 223 casos da doença aguardam confirmação.
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No casarão, agentes da Vigilância Sanitária, que participaram dos trabalhos de limpeza, encontraram diversos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A maioria estava no quintal do imóvel.
Segundo a prefeitura, todo tipo de material foi encontrado nos nove cômodos do casarão. Foram retiradas roupas, livros, bolsas, jornais, material reciclável (garrafas e latinhas). Até restos de comida foram retirados.
Ainda de acordo com a prefeitura, todo material também estava contaminado com urina de ratos, que foram achados em grande quantidade juntamente com baratas, escorpiões e até lacraias.
Limpeza
Os trabalhos de limpeza começaram no último dia 25 de fevereiro após a Justiça de Agudos autorizar a entrada de funcionários da prefeitura no prédio particular.
Com a limpeza, segundo a prefeitura, foi resolvida a infestação de roedores que atingia moradores da região, e também exterminados animais como baratas e lacraias, além de escorpiões.
Justiça
O sobrinho de João Batista Mainine, o morador que passou anos acumulando materiais na casa, José Antônio Mainini, conta que a família tenta na Justiça a divisão do imóvel, que tem 800 metros quadrados.
“São 10 herdeiros e hoje só tem um que utiliza, que é o João Batista. Então nós levamos o processo à Justiça, mas ainda não tivemos uma resposta definitiva. Ultimamente nós estamos tentando entrar com um processo também para que a gente consiga fazer que ele vá ao tratamento, e isso, não depende apenas da nossa vontade. Nós precisaríamos de uma decisão, de uma determinação judicial para que a gente pudesse encaminhá-lo, ainda que compulsoriamente ao tratamento que é necessário, tanto para família, quanto pra comunidade”, explica.
A prefeitura informou que foi oferecido tratamento ao morador, mas que ele não quis fazer.
Fonte: G1