17 de novembro, 2024

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Após mais de 20 anos, criatura marinha que surpreende cientistas ganhou nome

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Esta lesma do mar incomum foi encontrada há mais de 20 anos por um time da Monterey Bay Aquarium Research Institute, a cerca de 2,6 quilômetros na costa Califórnia (EUA) tem confundindo especialistas da fauna marinha. O primeiro dilema é que, diferente de seus pares (do grupo dos nudibrânquios), este animal não vivem em recifes de corais e áreas rasas do mar, preferindo as águas profundas onde pouca luz do sol não penetra, entre 1 a 4 quilômetros de profundidade.

Animal apresenta características que o distanciam de espécies conhecidas (Foto: Divulgação / Monterey Bay Aquarium Research Institute)

O segundo elemento curioso está na forma como se movimenta. Segundo pesquisa publicada semana passada na revista científica Deep-Sea Research Part I, a lesma em questão não usa membros com músculos para nadar como outras da mesma espécie, mas sim uma cauda em forma de capuz, que produz jatos de água que viabilizam sua locomoção. Por ter se desenvolvido em grandes profundidades, também “acende no escuro” quando se sente ameaçado – uma habilidade conhecida como bioluminescência.

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Lesma do mar vive em habitats mais profundos que seus pares — Foto: Monterey Bay Aquarium Research Institute
Lesma do mar vive em habitats mais profundos que seus pares (Foto: Monterey Bay Aquarium Research Institute)

O levantamento foi o primeiro em que cientistas batizaram o animal (cujo tamanho é similar ao de uma bola de tênis), por entenderem se tratar de um espécime muito distante de outros animais marinhos conhecidos. Ele atende pelo nome Bathydevius caudactylus – a primeira metade na nomenclatura significa “enganador da profundeza”.

Desde que foi descoberto nos Estados Unidos, o animal foi visto 150 vezes no total em uma área que engloba a costa do sul da Califórnia até o Oregen, mais para o norte. 18 deles foram capturados para estudo. O Bathydevius caudactylus ainda guarda mais um mistério para a ciência: indivíduos retirados da natureza tinham restos de camarões no estômago, possivelmente capturados com a ajuda da cauda, segundo a revista Science. Ninguém ainda sabe como uma criatura lenta como ela é capaz de subjugar uma presa mais ágil.

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Fonte: Um Só Planeta

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