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O diretor de comercialização de logística da Petrobras, Cláudio Mastella, declarou nesta sexta-feira (6) que a empresa espera uma “estabilização” da defasagem de preços dos combustíveis em relação aos preços internacionais para definir novos valores no mercado interno. O chamado preço de paridade de importação (PPI) é o custo do produto importado trazido ao país.
De acordo o diretor, “a empresa evita repassar a volatilidade para o mercado interno”.
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“A gente aguarda uma estabilização de defasagem para um novo patamar para então implementar mudanças”, disse o diretor durante coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros da empresa no primeiro trimestre de 2022.
O presidente da empresa, José Mauro Ferreira Coelho, disse que não pretende repassar os aumentos de imediato, mas que reajustes devem ser feitos “para manter a saúde financeira da companhia”. Em teleconferência com analistas nesta manhã, Coelho já havia reforçado que a empresa não deve se desviar das práticas de preços de mercado.
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Também nesta sexta, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) afirmou que o óleo diesel apresenta defasagem média de -21%, enquanto a gasolina apresenta defasagem de -17%.
“Com câmbio e os preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional estabilizados em um patamar elevado, as defasagens continuam muito afastados da paridade, inviabilizando as operações de importação”, diz a Abicom.
Lucro recorde no primeiro trimestre
Nesta quinta-feira (5), a empresa informou que registrou lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre. O resultado foi 3.718,4% maior do que apurado no mesmo período do ano passado, quando a estatal reportou ganhos de R$ 1,167 bilhão.
Trate-se do maior lucro já divulgado por um empresa de capital aberto para o primeiro trimestre, segundo um levantamento elaborado por Einar Rivero com a plataforma da TC/Economatia.
Durante uma live nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os lucros registrados pela Petrobras são “um estupro” e pediu que a estatal não suba os preços dos combustíveis.
Em abril, Bolsonaro demitiu o general Joaquim Silva e Luna do comando da estatal em meio aos reajustes dos preços dos combustíveis. Ele foi substituído por José Mauro Coelho.
Fonte: G1