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O dólar deu uma trégua e fechou em queda nesta terça-feira (5), abaixo de R$ 4, contrariando a forte alta da véspera motivada pelo tombo das bolsas asiáticas. Um dia após fechar acima de R$ 4, o câmbio passa hoje por um movimento de ajuste.
Nesta segunda (4), o dólar subiu em várias partes do mundo porque o mercado buscou ativos mais seguros em meio a preocupações sobre a economia da China. Devido às tensões econômicas e políticas no Brasil, a variação do dólar frente ao real foi mais acentuada.
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A moeda norte-americana recuou 1%, a R$ 3,9933 para venda.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
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Às 9h10, subia 0,49%, a R$ 4,0539.
Às 9h39, caía 0,1%, a R$ 4,0298.
Às 10h10, caía 0,25%, a R$ 4,0238.
Às 10h29, caía 0,48%, a R$ 4,0143.
Às 10h49, caía 0,33%, a R$ 4,0204.
Às 10h59, caía 0,73%, a R$ 4,0044.
Às 11h09, caía 0,85%, a R$ 3,9993.
Às 11h29, caía 0,47%, a R$ 4,0148.
Às 11h59, caía 0,74%, a R$ 4,0040.
Às 12h51, caía 0,47%, a R$ 4,0147.
Às 12h59, caía 0,4%, a R$ 4,0193.
Às 14h09, caía 0,26%, a R$ 4,0235.
Às 14h54, caía 0,47%, a R$ 4,0148.
Às 16h20, caía 0,35%, a R$ 4,0197
“O nível de aversão ao risco hoje foi menor. Houve certa melhora nos mercados e a China parou de desabar… Isso acabou ajudando a ter uma correção aqui”, disse à Reuters o economista-sênior do banco de investimento Haitong Flavio Serrano.
As ações asiáticas fecharam em queda em pregão agitado nesta terça-feira, lideradas pelas ações chinesas, após o tombo de 7% dos papéis chineses na véspera. Mas o recuo de hoje foi leve – 0,26% no índice de Xangai e 0,44% no índice MSCI.
O mercado acalmou após medidas emergenciais adotadas pelo governo chinês. O Banco Popular da China, por exemplo, injetou quase US$ 20 bilhões nos mercados, a maior atuação desde setembro de 2015.
“As atuações trouxeram algum alívio, mas não totalmente. O mercado ainda vai aguardar com cautela a divulgação esta noite do PMI de serviços da China”, disse à Reuters o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik.
“A gente tem fluxo de muito exportador que aproveita essa taxa para vender”, disse à Reuters o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik. No entanto, apesar do recuo, a cautela permaneceu no mercado em meio aos temores sobre a economia chinesa.
“As atuações trouxeram algum alívio, mas não totalmente. O mercado ainda vai aguardar com cautela a divulgação esta noite do PMI de serviços da China”, disse Rugik, referindo-se ao Índice de Gerentes de Compras, que tem divulgação marcada para as 23h45 (horário de Brasília) desta terça-feira.
Véspera
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 2,18%, a R$ 4,0339 para venda. Foi o maior valor desde 29 de setembro de 2015, quando a moeda fechou cotada a R$ 4,0591. Também foi o maior ganho diário desde outubro, quando, no dia 13, o dólar subiu 3,58%.
A forte alta do dólar comercial na véspera refletiu na cotação nas casas de câmbio, que venderam o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial. Na tarde de segunda, o dólar turismo se aproximou de R$ 4,50.
Cenário interno
No Brasil, o pessimismo com o cenário político ajudou a acentuar as altas, com o recesso no Congresso Nacional adiando a decisão de medidas importantes para a busca do equilíbrio fiscal do país.
Entre as medidas a serem analisadas está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. Ela é necessária, nos cálculos do governo, para fechar o ano com a meta de superávit primário (economia para o pagar os juros da dívida) equivalente a 0,5% do PIB.
Interferência do BC no câmbio
O Banco Central realizou nesta manhã leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a US$ 10,431 bilhões, com oferta de até 11,6 mil contratos. Na véspera, o BC rolou o equivalente a US$ 563,4 milhões, ou cerca de 5% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
Fonte: G1
