26 abril, 2024

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Após ficar desempregado, pai de bebê que se afogou em balde abre trailer de lanches para pagar tratamento da filha

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O pai da bebê de um ano que se afogou em um balde com água, em Piraju (SP), montou uma pequena lanchonete para pagar o tratamento da filha. A decisão veio após Paulo Roberto Ramos ter sido demitido da metalúrgica onde trabalhava.

“Fiquei muito triste, mas, graças a Deus, uma amiga nos ajudou a alugar um trailer de lanches e a comprar todo o material necessário. Além disso, essa é uma forma de conseguir uma renda sem estar longe da nossa filha, que precisa de toda atenção”, conta Paulo sobre o novo negócio da família, que ganhou o nome de “O Senhor é Nossa Luz”.

A pequena Ana Clara Silveira Andrade teve alta do Hospital das Clínicas de Botucatu (SP), onde ficou internada por 48 dias e passou por duas cirurgias, no último dia 16 de outubro. A família contou que a bebê teve o cérebro afetado pela falta de oxigênio e ficou com uma série de sequelas do acidente, como falta de movimento.

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Pai de bebê que se afogou em balde volta a dar aulas de música para bancar tratamento da filha em Piraju — Foto: Paulo Roberto Ramos Andrade/Arquivo pessoal

Pai de bebê que se afogou em balde volta a dar aulas de música para bancar tratamento da filha em Piraju — Foto: Paulo Roberto Ramos Andrade/Arquivo pessoal

Ao g1, Paulo explicou que os gastos com a criança somam mais de R$ 1,7 mil ao mês, um valor difícil de ser arrecadado pela família, já que a esposa dele, Alessandra Aparecida Silveira Andrade, parou de trabalhar para cuidar da filha, que sofreu o acidente doméstico no dia 29 de junho.

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Além do trailer de lanches, para ajudar no orçamento da casa, o pai da pequena Ana Clara também voltou a dar aulas de música.

“É uma situação difícil que estamos passando. Por isso, eu estou me propondo novamente a dar minhas aulas de teclado, de violão, guitarra, para poder cobrir esses gastos. Eu vou ajudar vocês a aprender e vocês vão estar me ajudando também, porque vai ser uma renda extra que vou tirar por fora para ajudar a Ana Clara nesse momento”, afirma.

Relembre o caso

Ana Clara Silveira Andrade se afogou no dia 29 de junho enquanto estava com a babá, que tem uma espécie de creche na casa dela e toma conta de várias crianças em Piraju.

O pai da bebê contou que, por um descuido, a babá saiu para alimentar outra criança e Ana Clara caiu dentro de um balde com água. Ela foi socorrida, mas chegou ao pronto-socorro da cidade com um quadro de parada cardiorrespiratória.

Bebê ficou com uma série de sequelas depois de se afogar em balde em Piraju — Foto: Paulo Roberto Ramos Andrade/Arquivo pessoal

Bebê ficou com uma série de sequelas depois de se afogar em balde em Piraju — Foto: Paulo Roberto Ramos Andrade/

O médico que atendeu Ana Clara em Piraju disse ao g1 que ela ficou desacordada por cerca de 15 minutos até ser reanimada. Depois, a menina foi transferida ao HC de Botucatu, onde ficou por quase um mês na UTI.

“Eu acredito que, quando aconteceu o acidente, a babá tentou fazer massagem para salvar e, vendo que isso não aconteceu, levou a Ana para o hospital. Levou primeiro para um posto que tinha do lado casa, aí foram acionados os bombeiros, que a levaram para o hospital. Tudo isso demorou cerca de uma hora”, relata o pai.

Durante o período de internação, Ana Clara teve que fazer uma traqueostomia para respirar e uma gastrostomia para se alimentar por meio de uma sonda. Os movimentos foram perdidos e, segundo os médicos informaram aos pais, as sequelas serão para toda a vida.

Agora, com a menina em casa, os pais estão arrecadando doações para comprar remédios, fraldas e leite para alimentação enteral. O casal também está em busca de ajuda jurídica para verificar se a bebê tem direito a algum benefício do governo.

Para a mãe, Ana Clara é “uma guerreira” e “nasceu duas vezes, pois ficou praticamente uma hora morta”.

“A gente espera a recuperação total dela. Pelos médicos, ela não vai mexer nunca, mas eu creio que Deus está preparando algo para ela. Ele é o médico dos médicos, vamos confiar só nele”, diz Alessandra.

Investigação

Inicialmente, a família também informou que não pretendia tomar medidas em relação à babá, pois acidentes acontecem. Apesar disso, os pais de Ana Clara explicaram que pediram ajuda para a mulher com os custos do tratamento da menina, mas não tiveram retorno. O g1 também não conseguiu contato com a babá.

Além de Ana Clara, Paulo e a esposa têm outros dois filhos em Piraju — Foto: Arquivo pessoal/Paulo Roberto Ramos Andrade

Além de Ana Clara, Paulo e a esposa têm outros dois filhos em Piraju — Foto: Arquivo pessoal/Paulo Roberto Ramos Andrade

No entanto, quase três meses após o acidente, a família da menina decidiu registrar um boletim de ocorrência para investigar o caso.

De acordo com a Polícia Civil de Piraju, o boletim de ocorrência por lesão corporal foi registrado no último dia 21. Com isso, o delegado solicitou todo o prontuário médico da bebê para dar início às investigações.

Ao g1, o pai de Ana Clara explicou que quer saber se houve problemas no socorro da filha, seja por parte da babá que estava com ela na hora do acidente ou dos profissionais que fizeram os primeiros atendimentos.

“Decidimos abrir o BO porque queremos saber realmente o que aconteceu. Nós queremos saber se foi o hospital que errou ou se foi a babá”, afirma Paulo.

Fonte: G1

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