15 de novembro, 2024

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Após ataques, Israel convoca militares para atuar nas ruas

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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, convocou militares para reforçar o trabalho de segurança da polícia nas ruas neste sábado, um dia depois dos atentados na Cisjordânia e em Tel Aviv que deixaram três mortos e cinco feridos. Mais tarde, o Exército israelense informou que três foguetes foram disparados da Síria contra o território do país, em meio à escalada da violência na região do Oriente Médio.

Horas antes, sirenes de alarme foram acionadas nas Colinas de Golã — território sírio anexado por Israel em 1967 — onde um dos foguetes caiu em um terreno baldio, indicou o Exército israelense em nota neste sábado, sem dar mais detalhes.

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A mãe das duas jovens israelenses assassinadas no atentado de sexta-feira na Cisjordânia ocupada permanece internada em estado grave. O carro delas foi atingido por tiros e a polícia israelense faz uma caçada aos agressores.

Forças de segurança israelenses isolam local do atentado na Cisjordânia, nesta sexta-feira (Foto: Reprodução)

Em Tel Aviv, onde um turista italiano morreu atropelado e outros cinco ficaram feridos, centenas de pessoas saíram as ruas, na noite de sábado, no décimo quarto fim de semana consecutivo de protestos contra a reforma do judiciário proposta pelo governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

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Após os ataques, que coincidiram com as celebrações da Páscoa judaica, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou a “mobilização de todas as unidades de reserva da polícia nas fronteiras e a mobilização de forças adicionais (do exército) para enfrentar os atentados terroristas”. Na Cisjordânia, o Exército informou que soldados foram alvo de tiros durante a noite, perto da localidade palestina de Yabad.

O grupo palestino Hamas — que controla a Faixa de Gaza — afirmou que o ataque em Tel Aviv foi uma “resposta natural e legítima à agressão” israelense. Um turista italiano foi morto pelo homem de origem árabe que jogou o carro na direção de pedestres, na orla da cidade. O agressor foi baleado e morreu no local.

Explosões em Gaza depois de ataques realizados por Israel (Foto: Reprodução)

Chuva de foguetes

Na sexta-feira, autoridades militares de Israel ordenaram a mobilização de reservistas da Força Aérea, após o agravamento da tensão na região com o maior ataque de foguetes vindos de Gaza e do sul do Líbano, desde a guerra com o Hezbollah, em 2006. Israel bombardeou Gaza e alvos palestinos no sul do Líbano na madrugada.

Horas antes, a defesa antiaérea israelense foi acionada para responder a mais de 30 foguetes lançados do território libanês. Há 17 anos, Israel e o grupo islâmico xiita Hezbollah — que é um movimento político e tem um braço armado — travaram um conflito sangrento.

As autoridades de Israel culparam os grupos palestinos Jihad Islâmica e Hamas pelos ataques. O Hezbollah, aliado dos palestinos, não comentou os ataques, que ocorreram um dia depois de o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, chegar a Beirute. O Ministério de Relações Exteriores do Líbano negou que haja envolvimento do Hezbollah e declarou que o país está agindo para conter os ataques e evitar uma escalada de violência.

Em pronunciamento conjunto no fim da tarde de sexta, o primeiro-ministro israelense e o ministro da Defesa prometeram prender os atiradores. Chamou atenção o fato do premier se referir a Gallant como ministro, dias depois de o militar ter sido demitido do cargo pelas críticas públicas à polêmica reforma do judiciário — que provocou protestos em todo o país e, inclusive, dentro das Forças Armadas.

A demissão de Gallant deu ainda mais gás à revolta generalizada que uniu israelenses de diferentes orientações ideológicas e partidárias contra a reforma, acusada por muitos de ser uma ameaça à democracia no país ao dar ao Executivo mais controle sobre o Judiciário — inclusive com a possibilidade de derrubar no Parlamento decisões da Suprema Corte. Apesar de ter anunciado a demissão do ministro da Defesa, o premier não chegou a oficializar a decisão, e Gallant seguiu exercendo as funções.

A tensão escalou rápido na região, desde os confrontos entre policiais israelenses e fiéis palestinos dentro da Mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, na madrugada de quinta-feira, durante o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. O governo de Israel foi internacionalmente condenado pela ação, que terminou com 350 presos dentro do complexo da Mesquita de al-Aqsa , na Esplanada das Mesquitas, que é o terceiro local mais sagrado do Islã e o local mais sagrado do judaísmo. De acordo com o Crescente Vermelho palestino, 37 pessoas ficaram feridas.

Fonte: Agências

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