26 abril, 2024

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Após apelos, Sudão revoga pena de morte de jovem que matou marido durante estupro

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Um tribunal do Sudão revogou nesta terça-feira a pena de morte a uma jovem que matou seu marido que a estuprou, segundo o advogado de defesa. Noura Hussein, de 19 anos, cumprirá cinco anos de prisão e pagará uma fiança. O caso tomou grandes proporções após ativistas de direitos humanos pedirem ao presidente sudanês, Omar al-Bashir, que perdoasse Noura, dizendo que ela foi forçada a casar com o homem e agiu por legítima defesa.

Noura Hussein foi forçada a se casar com seu primo e foi condenada a morte por enforcamento no mês passado por um corte religiosa por homicídio premeditado. Após a revogação da sentença, ela cumprirá cinco anos de prisão e deverá pagar uma fiança de 375 libras sudanesas (R$ 78), segundo seu advogado, Al-Fateh Hussein. A modelo Naomi Campbell e a atriz Emma Watson foram algumas das celebridades internacionais que apoiaram os apelos pela vida de Noura.

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A jovem contou que foi prometida ao primo aos 16 anos, mas não aceitou se casar e fugiu para a casa de uma parente, com quem morou por três anos. Ela voltou para a casa de sua família na cidade de Cartum, capital do Sudão, em abril deste ano após seu pai dizer que o casamento havia sido cancelado. Porém, ao retornar Noura descobriu que foi enganada e que os preparativos para a cerimônia já estavam em andamento.

Após o casamento, Noura disse que se recusou a ter relações sexuais com o marido. Porém, no sexto dia após a cerimônia, ele a estuprou com a ajuda de outros três parentes, que a seguraram. No dia seguinte, ele tentou estuprá-la novamente e ao tentar pará-lo, Noura o esfaqueou até a morte.

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— Ela tinha uma faca para se matar se ele a tocasse de novo — disse à BBC Zainab Ahmed, mãe de Noura, contando que a filha se odiava após o primeiro estupro.

Num comunicado, a Anistia Internacional comemorou a decisão, mas disse que cinco anos na prisão era uma punição desproporcional, pedindo a reforma das leis sobre casamento e estupro no país, para que as vítimas não sejam penalizadas.

O Sudão está classificado em 165º dos 188 países no Índice de Desigualdade de Gênero da ONU, que mede como as mulheres se saem em relação aos homens quando se trata de acesso à saúde, educação, participação política e oportunidades de emprego. De acordo com a Unicef, um terço das sudanesas casam antes dos 18 anos.

 

Fonte: Extra

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