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O bloco sul-americano Mercosul rejeitou neste sábado (12) a utilização de força militar na Venezuela, um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou intervir no país. A declaração foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, segundo a Reuters.
A Venezuela, que já estava suspensa do Mercosul desde dezembro por descumprir obrigações com as quais se comprometeu em 2012, recebeu no sábado (5) uma nova sanção por “ruptura da ordem democrática”.
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Na sexta-feira (11), Donald Trump afirmou que considera muitas opções para a Venezuela, incluindo uma opção militar. “As pessoas estão sofrendo e estão morrendo. Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar se for necessário”, disse o presidente em seu clube de golfe em Bedminster, onde está de férias. “Estamos em todo o mundo, e temos tropas em todo o mundo, em lugares que são muito longe. A Venezuela não está tão longe”, disse.
De acordo com a agência Associated Press, a Venezuela condenou o discurso.
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O Pentágono afirmou que não recebeu nenhuma ordem da Casa Branca sobre a Venezuela, segundo a agência Reuters.
No final de julho, os EUA lançaram sanções contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, congelando seus ativos no país, e o chamaram de ditador, um dia após a eleição da Assembleia Constituinte convocada por Maduro. O país também aplicou sanções a atuais e ex-funcionários da Venezuela com ligações à Constituinte.
Nesta quinta, em seu primeiro discurso na Assembleia Constituinte, Maduro disse que queria se reunir com Trump. O presidente instruiu o ministro de relações exteriores a abordar os EUA sobre uma conversa telefônica ou uma reunião com o americano.
Maduro, que antes já tinha dito para Trump “tirar suas mãos sujas” da Venezuela, afirmou no discurso que quer uma forte relação com os Estados Unidos, como a que tem a com a Rússia. “Senhor Donald Trump, aqui está a minha mão”, disse.
Fonte: Yahoo!