02 de dezembro, 2025

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Após alerta de extinção, mais de 70 espécies de tubarões e raias ganham proteção

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Governos reunidos na Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites), no Uzbequistão, aprovaram novas proteções para mais de 70 espécies de tubarões e raias. A medida responde a um alerta que a sobrepesca global gera um risco de extinção.

As resoluções, aprovadas na sexta-feira (28), incluem a proibição total do comércio internacional de tubarões-galha-branca-oceânicos, tubarões-baleia, jamantas e raias-diabo. Já espécies como os tubarões conhecidos como quelme ou gulper (Centrophorus granulosus), mustelos ou tubarão-de-lisura e o tubarão-tope (Galeorhinus galeus) passam a ser comercializadas apenas com comprovação de origem legal, sustentável e rastreável.

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A Cites também implementou cotas de exportação anual zero para espécies de guitarfishes e wedgefishes, o que, na prática, impede o comércio legal desses animais.

As novas regras são essenciais para frear a captura de tubarões, um comércio bilionário que busca barbatanas, carne, óleo e brânquias. Mais de 100 milhões desses animais são mortos todos os anos. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), 37% das espécies de tubarões e raias já enfrentam risco de extinção.

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“Países da América Latina, África, Pacífico e Ásia se uniram e aprovaram todas as propostas, em um raro gesto de liderança e solidariedade”, disse o diretor de conservação de tubarões e raias da Wildlife Conservation Society, Luke Warwick, ao site AP News.

“Por milhões de anos, tubarões têm regulado nossos oceanos — e nós os estamos exterminando. Essas novas proteções ajudam a inverter essa lógica e reconhecem que eles são mais do que simples mercadorias”, afirmou Barbara Slee, do International Fund for Animal Welfare.

A Cites tem obtido avanços recentes com tubarões. Na conferência anterior, em 2022, no Panamá, mais de 90 espécies receberam proteção inédita, incluindo tubarões-réquiem e tubarões-martelo. Mas o tratado enfrenta críticas por depender de países em desenvolvimento — muitos com poucos recursos — para combater um comércio ilegal que já movimenta US$ 10 bilhões por ano.

Nos últimos 75 anos, as populações de tubarões-baleia diminuíram em mais de 50% em todo mundo, e em até 63% apenas na região do indo-pacífico (Foto: Mark Erdmann)

Fonte: Um Só Planeta

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