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Após uma batalha que durou cinco anos, os Estados Unidos conseguiram se livrar de uma espécie animal que tinha grande potencial de causar danos ambientais: as “vespas assassinas”, também conhecidas como “vespas mandarinas” ou “vespas gigantes asiáticas”, foram declaradas extintas no país.
As vespas invadiram os EUA pelo Estado de Washington, no noroeste norte-americano, em 2019. Elas são as maiores vespas do mundo, com certa de cinco centímetros de comprimento, e são temidas principalmente porque podem dizimar rapidamente colônias de abelhas, prejudicando o ecossistema local.
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The “Murder Hornet” has been eradicated in the U.S.
— Los Angeles Magazine (@LAmag) December 19, 2024
Officials say the victory is a rare win.
Community tips and high-tech tracking helped locate and destroy nests.
While this battle is over, monitoring continues to prevent future invasions.pic.twitter.com/mIoRkwNKMz pic.twitter.com/J1Y8YIm9I2
Esses insetos, que também causaram problemas na Europa nos últimos anos, têm potencial letal contra seres humanos.
Para a empreitada, foi criado um plano para evitar a proliferação dos insetos para outras regiões, com a instalação de armadilhas na natureza e o monitoramento a partir de pequenos dispositivos dos insetos capturados, que alertavam as autoridades sobre a localização dos ninhos. Com os dados em mãos, foi possível eliminar as colmeias com aspiradores e o uso de gás carbônico.
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Após três anos sem nenhum avistamento das vespas, o objetivo foi declarado cumprido, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. “É claro, isso não significa que elas não podem voltar”, comentou à National Geographic Karla Salp, do Departamento de Agricultura à NatGeo.
Vespas têm origem desconhecida
Apesar de conseguirem extinguir as vespas assassinas em território norte-americano, as autoridades ainda não sabem explicar como elas chegaram até lá. Testes genéticos constataram que a variedade que surgiu nos EUA não tem proximidade com as vespas que habitam a ilha canadense de Vancouver – o que, em caso contrário, ajudaria a explicar a migração.
Para Sven Spichiger, gerente do programa de pragas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington, as vespas provavelmente se instalaram a partir da chegada de uma vespa-rainha acasalada que procurou abrigo para o inverno – talvez em um veículo, contêiner ou vaso de planta que foi então trazido para a área.
Rastrear a origem dos insetos poderia ajudar a evitar novas invasões de espécies com potencial de dano. Os Estados Unidos ainda enfrentam outros problemas do tipo, como o da “mariposa esponjosa”, inseto que se alimenta de vários tipos de plantas e representa um perigo às florestas.
Esses outros casos receberam menor atenção até o momento, mas o caso das vespas assassinas mostra que, com esforço coordenado, é possível controlar essas espécies invasoras, segundo especialistas no tema.
“Erradicar uma espécie introduzida do território continental dos Estados Unidos é uma conquista rara e monumental”, afirmou Chris Alice Kratzer, autora de um livro sobre a invasão das vespas assassinas aos EUA. “Isso prova que a remoção permanente de espécies invasoras é possível, mas apenas quando há financiamento suficiente e atenção pública”, completou.
Fonte: Um Só Planeta