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A Espanha vai implantar uma rede nacional de abrigos climáticos em prédios públicos para oferecer refúgio à população durante períodos de calor extremo. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez e deve entrar em operação antes do próximo verão, entre junho e setembro de 2026. O anúncio ocorre em meio ao agravamento dos impactos da crise climática no país, causados principalmente pela queima massiva de combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão.
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Mais de 3.800 mortes relacionadas ao calor foram registradas neste verão, o mais quente da história da Espanha, um aumento de 88% em relação a 2024, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Em agosto, uma onda de calor extrema durou 16 dias, com temperaturas acima de 45 °C, de acordo com a Agência Estatal de Meteorologia (AEMET). Em 2025, o país também enfrentou uma temporada severa de incêndios, com mais de 400 mil hectares queimados.
Segundo a BBCNews, os abrigos climáticos serão espaços climatizados abertos a toda a população, com prioridade para regiões mais afetadas pelo calor. A iniciativa se soma a redes já existentes em comunidades autônomas como Catalunha, País Basco e Múrcia.
Em Barcelona, por exemplo, cerca de 400 abrigos já funcionam em bibliotecas, museus, centros esportivos e shoppings. Esses locais oferecem ar-condicionado, assentos e água gratuita, com foco em pessoas idosas, bebês, indivíduos com problemas de saúde e populações de baixa renda.
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Além dos abrigos, o governo espanhol anunciou recursos para planos de prevenção de enchentes em pequenas cidades e destinou 20 milhões de euros (cerca de 130 milhões de reais) para ações de prevenção a incêndios florestais, dentro de um pacto estatal de enfrentamento à crise climática. As propostas ainda precisam ser analisadas pelo Congresso dos Deputados.
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Fonte: Um Só Planeta