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Arqueólogos descobriram um anel de ouro (foto) de 3.800 anos junto aos restos mortais de uma mulher da Idade do Bronze durante escavações em Tübingen, na Alemanha. O achado está descrito em uma pesquisa publicada em 21 de maio na revista Praehistorische Zeitschrift.
A descoberta foi feita em 2020, quando pesquisadores da Universidade de Tübingen estudavam o túmulo da mulher, que morreu aos 20 anos e pertenceu à elite de sua época. Para a surpresa deles, no local, havia um anel dourado em formato de espiral que provavelmente era utilizado como enfeite de cabelo.
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O item estava mais ou menos na altura do quadril da mulher, que havia sido enterrada em posição fetal. Uma análise de datação por radiocarbono das ossadas revelou que seu enterro ocorreu entre 1850 e 1700 a.C, no início da Idade do Bronze.
O túmulo da mulher não estava muito longe de outras sepulturas do mesmo período. E todos os jazigos estão aparentemente conectados com um assentamento pré-histórico localizado no município de Kirchberg an der Iller, de acordo com os estudiosos.
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Mas o que chamou mais atenção na descoberta foi o anel, pois itens feitos de metais preciosos são raros no sudoeste da Alemanha — tanto que o objeto é o primeiro artefato de ouro encontrado em Tübingen.
“O ouro contém cerca de 20% de prata, menos de 2% de cobre e traços de platina e estanho. Essa composição aponta para uma liga de ouro natural e típica do ouro lavado de rios”, informa um comunicado da Universidade de Tübingen.
Apesar de ter sido descoberto em atual território alemão, o minério do anel é originário da região da Cornualha, no sudoeste da Grã-Bretanha, segundo os pesquisadores. Isso indica que havia amplo comércio de objetos de luxo entre as duas regiões durante a Idade do Bronze.
Tal conexão com o noroeste da Europa contrasta com descobertas de artefatos anteriores, que quase exclusivamente eram originários de depósitos no sudeste da região. Isso faz do achado, portanto, uma evidência de que grupos culturais ocidentais também ganharam influência crescente no centro do continente europeu.
Fonte: Galileu – Foto: Universidade de Tübingen