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Prédio onde americano e cão foram encontrados mortos (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Um consultor norte-americano de 54 anos e seu cão foram encontrados mortos na terça-feira (24) no apartamento onde moravam, na região da Avenida Paulista, nos Jardins, área nobre de São Paulo. O caso foi registrado pela Polícia Civil como mortes suspeitas a esclarecer. Em 21 de maio, o namorado do estrangeiro, o tradutor Agnaldo Jesuíno, de 49 anos, também foi achado morto no mesmo local. A suspeita, no entanto, era de que ele morreu após ser agredido (leia mais abaixo).
Os dois casos são investigados pelo 78º Distrito Policial, nos Jardins. Até a publicação desta reportagem não havia informação se há relação entre as mortes.
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No caso desta terça, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o consultor Kraig Lyndon Klaudt e seu cachorro, da raça golden retriever, foram achados mortos e “sem sinais de violência”. Eles residiam num apartamento do edifício Saint Honorê, que fica entre a Avenida Paulista e a Alameda Santos.
Kraig e Agnaldo estavam juntos havia mais de 20 anos. Eles moravam no 10º andar do condomínio. Os apartamentos do prédio têm entre 170 m² a 220 m² e estão avaliados em sites de venda de imóveis a partir de R$ 1,5 milhão.
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Mortes do americano e cão
Ainda segundo a SSP, o boletim de ocorrência informa que Kraig e seu cão foram encontrados mortos após a síndica do edifício sentir a ausência deles por uma semana. Ela então chamou um chaveiro. Os dois abriram a porta, que não possuía sinais de arrombamento, e encontraram o corpo do consultor deitado na cama, com os braços e a cabeça encostados no piso. O cachorro também estava morto no imóvel.
Em seguida, a síndica chamou a Polícia Militar. Perícia e o centro de zoonoses também acabaram acionados. Exames serão feitos nos corpos do consultor e do cão para determinar as causas das mortes.
A cunhada de Kraig foi ouvida no 78º DP como testemunha. Ela declarou que o consultor era “dependente de bebida alcoólica” e tinha “sérios problemas de saúde” por conta disso. Ele estaria sofrendo de cirrose e com depressão após a morte do namorado.
A investigação apura se a morte do consultor foi natural. Uma das hipóteses é que após Kraig morrer, o cão ficou sem alimento e morreu por inanição.
Morte do tradutor
No caso de Agnaldo, a polícia informou que o corpo dele foi encontrado por Kraig perto da cama do casal, em maio deste ano. Eles haviam saído no dia 17 daquele mês para comemorar o aniversário do tradutor em um bar de comida mexicana em Pinheiros, Zona Oeste da capital. Agnaldo completaria 50 anos no dia 22 de maio (veja vídeo ao lado sobre o caso).
À época, Kraig relatou aos policiais que o casal bebeu no local e teria “ingerido uma substância nociva à saúde”. De acordo com o americano, isso fez com que perdessem a consciência. O estrangeiro afirmou ainda que, depois, acordou sozinho, já na madrugada do dia 18 de maio, numa rua perto do restaurante.
Quando se reencontraram, no dia 19 de maio, Kraig disse que o tradutor lhe contou ter perdido a consciência e que foi agredido por pessoas que não soube identificar. Em seguida foi encaminhado ao pronto-socorro. Após voltar para casa, no dia 21 de maio, Agnaldo morreu.
A polícia chegou a investigar se o consultor foi assassinado -ele tinha hematomas no rosto e no corpo. Não há confirmação se o caso foi esclarecido.
Câmeras de segurança do edifício e do restaurante serão requisitadas para saber se elas gravaram o casal e os possíveis agressores. Entre as hipóteses para esclarecer a morte de Agnaldo estão tentativa de roubo seguida de morte, homofobia e até vingança, de acordo com investigadores.
Fonte: G1