20 de maio, 2024

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América Latina e Caribe tiveram recorde de calor e eventos extremos em 2023, aponta OMM

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Diversas pesquisas e organizações já relataram que 2023 foi o ano mais quente já registrado. E agora houve mais uma confirmação. Na quarta-feira (8), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou um relatório demonstrando que o ano passado foi o de temperaturas mais elevadas na América Latina e no Caribe.

Segundo o documento Estado do Clima na América Latina e no Caribe 2023, no período, as temperaturas médias na região ficaram cerca de 0,82ºC acima da média histórica para o período de 1991 a 2020 e 1,39ºC superior à média da linha de base, de 1961 a 1990.

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O nível do mar também subiu a um ritmo superior à média global em grande parte da AL e do Caribe, ameaçando as zonas costeiras e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento.

“Infelizmente, 2023 foi um ano de riscos climáticos recordes na América Latina e no Caribe”, disse Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, em comunicado. “As condições do El Niño durante o segundo semestre contribuíram para um ano quente recorde e exacerbaram muitos eventos extremos. Isto combinado com o aumento das temperaturas e os riscos mais frequentes e extremos devido às mudanças climáticas induzidas pelo homem.”

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O relatório destaca que, no ano passado, houve 67 perigos meteorológicos, hidrológicos e climáticos relatados na região – os dados são do Banco de Dados de Eventos de Emergência (EM-DAT), do Centro de Pesquisa em Epidemiologia de Desastres (CRED). Destes, 77% foram tempestades e eventos relacionados com inundações.

Secas intensas e severas, exacerbadas por ondas de calor, também afetaram grandes áreas da América do Sul no ano passado. A situação tornou-se cada vez mais generalizada na metade norte do continente à medida que o ano avançava e o El Niño se instalava.

No Brasil, por exemplo, oito estados registraram as menores precipitações (chuvas) de julho a setembro em mais de 40 anos. O Amazonas foi um dos mais atingidos.

Além disso, calor extremo e ondas de calor afetaram a região central da América do Sul de agosto a dezembro, e grandes incêndios florestais ocorreram em muitas das regiões.

A subida do nível do mar foi outro fator que acelerou. A taxa média do nível do mar aumentou a uma taxa mais elevada do que a média global no Atlântico Sul e no Atlântico Norte subtropical e tropical, ameaçando grande parte da população que vive em zonas costeiras.

A agricultura e a segurança alimentar na região também foram gravemente atingidas por catástrofes e mudanças climáticas. E ainda houve fortes impactos na saúde devido à exposição da população a ondas de calor, à fumaça dos incêndios florestais e à poluição atmosférica.

Por fim, o relatório destacou a necessidade de mais investimento nos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais para reforçar as previsões e os alertas precoces que salvam vidas. Na América Latina e no Caribe, 47% dos membros da OMM prestam apenas serviços meteorológicos “básicos ou essenciais” e apenas 6% prestam serviços “completos ou avançados” para apoiar a tomada de decisões em setores sensíveis ao clima.

Fonte: Um Só Planeta

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