17 de outubro, 2025

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Amazônia é lar de 55 milhões de árvores gigantes, mostra estudo

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As maiores árvores da Amazônia, com mais de 60 metros de altura, tem uma distribuição desigual, com cerca de 14% concentradas em apenas 1% da área da floresta, e cerca de 50% em cerca de 11%, de acordo com um estudo liderado pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e publicado esta semana na revista científica New Phytologist.

As maiores densidades ficam em Roraima e no Escudo das Guianas – que inclui parte do estado do Amapá -, onde a disponibilidade hídrica é alta e a incidência de raios ou tempestades é baixa.

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Distribuição de transectos mapeados por detecção e alcance de luz aérea (LiDAR) na Bacia Amazônica. (Foto: Reprodução/Ueap)

No artigo “Mapping the density of giant trees in the Amazon” (ou “Mapeando a densidade de árvores gigantes na Amazônia”), os autores destacaram que as árvores gigantes são elementos-chave das florestas tropicais, influenciando fortemente a biodiversidade, o armazenamento de carbono e a resiliência dos ecossistemas.

O problema é que sua densidade e distribuição espacial permanecem mal quantificadas, especialmente em regiões remotas da Amazônia, o que limita a compreensão de seus papéis ecológicos e de sua contribuição para as interações entre floresta e clima.

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Os cientistas estimam cerca de 55,5 milhões de árvores altas em toda a Amazônia brasileira. E, para mapear e modelar a sua densidade, utilizaram dados de sensoriamento remoto pela tecnologia Light Detection and Ranging (LiDAR), coletados entre 2016 e 2018 em 900 áreas da Amazônia, cada uma com cerca de 3,75 km².

Os dados, segundo reportagem do g1, foram combinados com 16 variáveis ambientais, como clima, relevo, solo, incidência de raios e ventos, para construir um modelo de floresta aleatória (Random Forest), técnica de inteligência artificial que permite prever padrões com alta precisão.

Parte dos voos com sensores LiDAR foi realizada sobre áreas do Amapá. O estudo aponta que, com grande cobertura vegetal e baixa taxa de desmatamento, o estado se destaca como uma das regiões com maior potencial de conservação da floresta.

Os pesquisadores disseram no artigo que “a densidade modelada correlaciona-se fortemente com a biomassa acima do solo, destacando a contribuição desproporcional das árvores altas para os estoques de carbono”. E completaram: “Essas descobertas demonstram que a distribuição de árvores altas é um preditor crucial, porém subutilizado, para modelos de biomassa. Compreender sua dinâmica ecológica e espacial é vital para estratégias de conservação florestal e resiliência climática sob crescentes pressões antropogênicas”.

Cientistas medem a circunferência do angelim-vermelho de 88,5 metros, a árvore mais alta já registrada no Brasil (Foto: WikiRainforest)

Fonte: Um Só Planeta

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