Alonso reafirma possibilidade de volta à F1: “Não fecho as portas”

Fernando Alonso tem uma relação de amor e ódio com a Fórmula 1. Campeão mundial duas vezes, o espanhol deixou a categoria no final do ano passado após amargar quatro anos sem sequer um pódio no fraco carro da McLaren. Ainda funcionário no time de Woking, onde atua como embaixador, ele estará no cockpit do MCL34 na semana que vem, no Barein. Perguntado se o teste significa uma vontade de permanecer em forma para um eventual retorno, ele negou.

– Não. Como eu disse no ano passado, e também em Barcelona (nos testes), minha ideia é não voltar. Quando eu disse “tchau” no ano passado foi porque senti que este capítulo já estava completo. Consegui muito mais na F1 do que sonhei e tive grandes oportunidades fora da F1 para fazer algo sem precedentes. É por isso que tomei a decisão. Então, voltar não está no plano – disse ao “Autosport”.

Entretanto, assim como já tinha afirmado em fevereiro, Alonso não desconsidera a possibilidade de voltar à F1 caso apareça uma oportunidade interessante.

– Se algo acontecer e uma grande oportunidade chegar, eu provavelmente vou considerar (isso). Não fecho portas 100% para nada no futuro.

Para 2019, Alonso está comprometido com a fase final da temporada 2018-2019 do Mundial de Endurance (WEC), onde defende a vitória nas 24h de Le Mans, além de buscar o título no campeonato, que termina em junho. Em 26 de maio, o espanhol também tentará faturar as 500 Milhas de Indianápolis para completar a tão sonhada Tríplice Coroa do Automobilismo. Ele não sabe, porém, o que fará no segundo semestre.

– Terei que pensar. Há tempo para pensar nos próximos meses. Agora não quero me aprofundar muito nesse pensamento, porque o Indy 500 vai tomar todo o meu foco. Mas, para o futuro, depende do que farei depois do verão: quais projetos estão chegando, onde vou colocar meu foco. O WEC, obviamente depois de vencer Le Mans e vencer Daytona no início do ano e Sebring há algumas semanas, é um ponto de interrogação. O campeonato (2019-2020) termina em julho de 2020, é um compromisso bastante futuro. Talvez eu tenha que pensar e ter certeza disso.

Fonte: G1