18 abril, 2024

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Alinhada a Moscou, China anuncia envio de tropas para a Rússia

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Em meio a fortes tensões com os Estados Unidos, a China anunciou nesta quarta-feira (17) que enviará tropas à Rússia para um exercício militar conjunto no país.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa chinês. De acordo com a pasta, tropas da Índia, de Belarus e do Tajiquistão também participarão dos exercícios, que ocorrerão em território russo.

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O ministério chinês afirmou em comunicado que a participação da China nos exercícios conjuntos “não tem relação com a atual situação internacional e regional”. Desde 24 de fevereiro deste ano, a Rússia mantém ataques e invasões ao território ucraniano sem que haja qualquer retaliação de Pequim, apesar das represálias dos países do Ocidente.

A China, por sua vez, tem feito exercícios militares em torno de Taiwan, em meio ao aumento de tensão com os Estados Unidos por conta da visita da presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Nancy Pelosi, à ilha, que Pequim considera parte de seu território.

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Os exercícios da China na Rússia fazem parte de um acordo de cooperação anual bilateral, segundo o Ministério da Defesa chinês, e já foram realizados outros anos.

“O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, aumentar o nível de colaboração estratégica entre as partes e fortalecer a capacidade de responder a várias ameaças à segurança”, disse a pasta em comunicado.

Ainda não há data confirmada para o início dos testes, mas, no mês passado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou um plano de realizar manobras militares com países parceiros entre 30 de agosto e 5 de setembro.

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Chiina, Xi Jinping, em encontro bilateral em fevereiro de 2022, dias antes da invasão russa à Ucrânia. (Foto: Reprodução)

China na guerra da Ucrânia

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mostrado apoio, ainda que contido, à Rússia, grande aliado do país asiático na atual geopolítica mundial. Em junho, o presidente chinês, Xi Jinping, falou ao telefone com o líder russo, em uma clara mensagem de apoio aos ataques da Rússia em território ucraniano.

Pequim também rejeitou pedidos da comunidade internacional para condenar a invasão russa ao país vizinho.

Tensões com os EUA

O anúncio dos exercícios na Rússia ocorre em meio a um dos momentos mais tensos entre os Estados Unidos e a China nos últimos anos.

As tensões começaram a se acirrar em junho e aumentaram no início deste mês, quando ocorreu a visita de Nancy Pelosi a Taiwan. O governo chinês reivindica a ilha como parte de seu território. Já o governo local de Taiwan, historicamente de oposição ao Partido Comunista da China, que governa o país, quer a independência.

Pequim considerou a visita uma provocação dos EUA, que mantêm uma política de ambiguidade em relação à ilha – Washington não reconhece Taiwan como independente, mas, ao mesmo tempo, mantêm relações com o governo local.

Desde então, aviões e navios militares chineses têm feito exercícios militares constantes ao redor de Taiwan e com inúmeras invasões ao espaço aéreo da ilha.

Fonte: Yahoo!

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