18 abril, 2024

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Alfândega e PF batem recorde e interceptam mais de 13 t de cocaína no Porto de Santos

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Mais de 13,6 toneladas de cocaína com alto grau de pureza foram interceptadas e apreendidas no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, até esta segunda-feira (13), informou o Alfândega da Receita Federal. Segundo apurado, trata-se de um número recorde no cais.

A quantidade registrada desde o início de janeiro supera as apreensões de 2017 (11.539 kg) e 2016 (10.622 kg). Para o Fisco, a utilização da tecnologia, aliada às ações de repressão no cais, inclusive com patrulhamento no mar, auxiliaram nos resultados, considerados os maiores de todo o Brasil.

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“O Porto de Santos, em razão da importância no Brasil, é o mais visado. Se há droga, existe demanda na Europa, que é para onde a maior parte dos carregamentos é destina”, fala o chefe da Divisão de Vigilância e Controle Aduaneiro (Divig) da Alfândega, Oswaldo Souza Dias Junior.

Segundo o auditor fiscal, a obrigatoriedade de escaneamento de cargas destinadas ao continente europeu, a análise de risco de contêineres, o patrulhamento marítimo e a utilização de cães farejadores auxiliaram nos resultados dos últimos anos. O desafio é manter esse panorama.

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“Sabemos que o maior controle em Santos força as quadrilhas a procurarem outros portos. Recentemente, vimos o crescimento de apreensões no Rio de Janeiro (RJ) e Paranaguá (PR), e nossas equipes têm se preparado para isso”, afirma o chefe da Divig da Alfândega de Santos.

Nesta segunda-feira, a Polícia Federal e a Receita Federal informaram que conseguiram localizar 1,3 mil kg da droga no navio ‘Grande Francia’. Ele foi alvo de criminosos durante a madrugada de domingo (12), que invadiram a embarcação, fizeram a tripulação refém e abriram contêineres.

Invasão e droga a bordo no navio Grande Francia:

  • Polícia Federal investiga se o carregamento de cocaína – ou parte dele – foi içado durante a madrugada;
  • A Polícia Federal e a Marinha do Brasil alegam condições de ressaca do mar para não ir ao navio;
  • Os tripulantes estrangeiros ficaram trancados em área segura, monitorando de longe a invasão;
  • Os tripulantes não conseguiram ver o que os invasores fizeram a bordo durante aproximadamente 2h;
  • Não há registros de invasão a cargueiro do Porto de Santos, pelo menos, nos últimos 20 anos;
  • Ao menos quatro pessoas foram a bordo do navio; há suspeita outros envolvidos no barco de apoio.
Varredura foi feita em navio onde foram içados 1,2 tonelada de cocaína em Santos (SP) (Fotos: Reprodução/G1)

Uma investigação foi aberta para determinar se a droga encontrada a bordo do navio, de bandeira italiana, foi embarcada pelo grupo que invadiu a embarcação. Uma mobilização, que envolveu até mesmo militares da Marinha do Brasil, não conseguiu evitar que os criminosos fugissem pelo mar.

Na terça-feira (7), câmeras flagraram quando narcotraficantes içaram 1,2 tonelada de cocaína ao navio ‘Grande Nigéria’, também durante a madrugada. Trata-se também de uma embarcação do armador Grimaldi, e que estava no mesmo terminal para o qual o ‘Grande Francia’ foi destinado.

“Ainda é cedo para afirmarmos, mas é certo que os casos podem estar ligados e ser a mesma quadrilha atuando. Eles tentaram despistar a ação da polícia, levando a droga até o mar, mas conseguimos localizar e apreender”, explica a delegada da Polícia Federal, Luciana Fuschini.

Na mesma terça-feira, em uma operação paralela, em outro terminal portuário na Margem Direita, equipes conseguiram localizar mais 558 kg de cocaína escondidos em meio a uma carga de polietileno. Todos os carregamentos tinham como destino o Porto de Antuérpia, na Bélgica.

A agência Oceanus, que representa a Grimaldi em Santos, foi procurada, mas disse que não tinha autorização para se posicionar sobre o caso. A armadora italiana, empresa proprietária do navio, não retornou os telefonemas nesta segunda-feira (13).

Fonte: G1

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