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Para ele, o diminutivo é inevitável. Culpa da altura: 1,63m. Alan(zinho) já ouviu muita coisa por conta da baixa estatura. Chegaram a dizer para ele procurar um outro caminho.
– Já falaram que eu poderia não chegar até aqui por conta da minha altura, mas isso não afeta em nada. Pelo contrário. Até ajuda bastante pelo meu estilo de jogo – contou.
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Alan teve que mudar de posição no futebol. Depois de chamar a atenção do Palmeiras aos 13 anos jogando futsal, chegou nas categorias do clube e foi escalado como segundo volante. Só que ele era um volante que se destacava demais lá na frente.
– O Palmeiras me viu jogando futsal, gostou de mim e eu fui para lá jogar futsal e campo. Com 13 anos, tinha uma altura normal para minha idade, mas já tinha jogadores mais altos que eu. E como eu rendia bastante do meio para frente, fazia muitos gols, me mudaram de posição.
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Ainda bem. Hoje, Alan é o camisa 10 do Brasil no Mundial sub-17 da Índia. Titular, destaque, peça importantíssima no esquema do técnico Carlos Amadeu. Ele fez falta na vitória por 2 a 0 sobre Níger, terça-feira passada. O Brasil venceu, mas não jogou bem. Alan foi preservado porque está pendurado com um cartão amarelo, mas estará de volta para o jogo contra Honduras, quarta-feira, pelas oitavas de final.
– No começo, achava normal ser volante. Mas do meio para frente realmente me sinto mais à vontade, dando passes, fazendo gols. Como volante, eu conseguiu acelerar bem o jogo, com boa saída de bola.
Alanzinho é uma das principais promessas da base do Palmeiras, mas ele ainda não teve a oportunidade de jogar pelo profissional da equipe. Nome recorrente nas convocações da base, o garoto de 17 anos renovou recentemente o seu contrato até 2020. Observado por times da Europa, pertence 100% ao Verdão. Sua multa rescisória é estipulada em 50 milhões de euros (cerca de R$ 186 milhões).
– Quero voltar desse Mundial e ter chances no time profissional, algo que ainda não aconteceu – disse.
Baixinho, Pulga e Ilusionista… as inspirações de Alan
São muitos os casos de jogadores baixos que fizeram, ou fazem, sucesso no futebol. Alan sabe muito bem disso e usa como exemplos. Dá só uma olha no trio que
– Ah, tem o Romário (1,68m). Tem o grande do futebol, que é o Lionel Messi (1,70m). E tem o Iniesta (1,71m) também, que não é muito alto. Então, acho que ser baixinho não é um mau negócio (risos).
Iniesta, aliás, está o topo na lista dos jogadores que o meia da Seleção sub-17 admira.
– É um jogador que tem a cara do Barcelona, ele improvisa, faz jogadas geniais, dá assistências. Eu acompanho a carreira dele, decidiu muitos campeonatos, fez gol em final de Copa do Mundo (em 2010), sei que também decidiu campeonatos na base, jogou Mundial. É minha inspiração dentro e fora de campo.
Brasil derrotou a Espanha em 2003
O terceiro título do Brasil no Mundial sub-17 foi conquistado justamente sobre os espanhóis. Dirigidos por Marcos Paquetá, os brasileiros tinham como destaque o meia Ederson, hoje no Flamengo, o volante Arouca, que está no Palmeiras, e o atacante Abuda, com passagens por Corinthians e Vasco. Já a Espanha, apesar da derrota, revelou atletas que fizeram mais sucesso no futebol mundial com aquela geração como Fábregas e David Silva, além do centroavante Llorente.
Na final em 2003, realizada em Helsinque, na Finlândia, a equipe sub-17 do Brasil venceu por 1 a 0, gol de cabeça marcado pelo zagueiro Leonardo, que defendeu o Santos o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Coincidentemente, naquele mesmo ano, só que no Mundial sub-20, o Brasil também venceu a Espanha por 1 a 0 na decisão nos Emirados Árabes. Iniesta era o principal jogador daquela equipe derrotada pela Seleção.
Brasil x Honduras disputam vaga
A Seleção enfrentará Honduras em Cochim, nesta quarta, às 12h30m (de Brasília). O vencedor enfrentará Colômbia ou Alemanha nas quartas de final.
Fonte: G1