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Três trechos do Rio Tietê na região centro-oeste paulista foram analisados no relatório anual “Observando os Rios” da Fundação SOS Mata Atlântica. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (21).
Na região de Botucatu, as águas foram classificadas como boas. Já em Anhembi e Barra Bonita, os trechos foram considerados regulares. O levantamento tem o objetivo de fazer um retrato da qualidade da água dos rios de regiões da Mata Atlântica. Segundo o relatório, a qualidade da água teve uma melhora, porém ainda está longe do ideal.
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No bioma onde vivem mais de 70% da população brasileira, 8% das análises realizadas em 2023 indicam água de boa qualidade – um incremento discreto, mas relevante, em comparação ao ano anterior (6,9%).
Já as amostras classificadas na categoria “regular” representam 77% do total, um aumento de dois pontos percentuais. A ocorrência de água considerada ruim, por sua vez, caiu de 16,2% para 12,1%.
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Por outro lado, as análises que indicam qualidade péssima foram mais numerosas no período: passaram de 1,9% para 2,9%. Nesses pontos, que somam 15% do total (contra 18,1% em 2022) a água não é apropriada para seus usos múltiplos – como utilização na agricultura, indústria, abastecimento humano, dessedentação de animais, lazer e esportes.
“Percebemos uma tendência de melhora, mas o quadro de alerta em relação aos rios da Mata Atlântica persiste, revelando a fragilidade da condição ambiental de parte significativa dos corpos d’água monitorados. A qualidade regular da água obtida em 77% dos pontos demanda atenção especial dos gestores públicos e da sociedade, especialmente neste momento de emergência climática”, afirma Gustavo Veronesi, coordenador do programa Observando os Rios.
Monitoramento dos “aguapés”
Na região centro-oeste paulista, um grupo de pesquisadores da Unesp em parceria com prefeituras da região faz o monitoramento da quantidade de plantas aquáticas, chamados de aguapés, que são um indicativo da poluição nos rios.
Segundo dados desse monitoramento, atualmente a situação mais crítica na área da hidrovia Tietê-Paraná é em Barra Bonita. No local tem quase 4 mil hectares de cobertura de plantas aquáticas.
Em Anhembi, onde o problema chegou a prejudicar a pesca realizada na área urbana do município, a situação ainda está controlada. O grupo de pesquisadores tem um projeto de recuperação da hidrovia que já foi enviado à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Fonte: G1