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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse nesta quinta-feira (2) que o número estimado de agressões sexuais nas Forças Armadas do país cresceu quase 38% em 2018 quando comparado com uma pesquisa feita dois anos antes.
O Pentágono disse que 6.053 agressões sexuais foram reportadas no ano passado, de acordo com uma pesquisa bianual anônima. O número é o mais alto desde que as Forças Armadas norte-americanas começaram a coletar esse tipo de dado em 2004.
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Levando em consideração também os casos não reportados, o levantamento militar estima que 20,5 mil homens e mulheres das Forças Armadas passaram por algum tipo de agressão sexual no ano passado. O número estimado em 2016 era de 14,9 mil.
A campanha contra as agressões sexuais nas Forças Armadas ganhou embalo novamente em março quando a senadora republicana Martha McSally, a primeira mulher a pilotar aviões de combate na Força Aérea dos Estados Unidos, disse que foi estuprada por um oficial superior. Ela disse nunca ter relatado o fato pois se culpava pelo abuso e porque não confiava no sistema.
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Mudanças no Pentágono
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McSally disse que vai introduzir propostas de lei nas próximas semanas que irão incorporar muitas das recomendações feitas pelos oficiais do Pentágono, ressaltando a necessidade de conselhos, defensores e investigadores dedicados, treinados e experientes, e pediu que advogados militares e investigadores trabalhem juntos desde o início.
As chances de uma mulher entre 17 e 20 anos nas Forças Armadas ser agredida sexualmente são de 1 em 8, segundo o relatório.
“É hora de o Congresso parar de conceder o benefício da dúvida às lideranças militares que estão fracassando e aprovar reformas reais para dar poder aos procuradores militares. Isso já passou dos limites”, disse Don Christensen, um coronel aposentado e ex-promotor-chefe da Força Aérea que agora comanda um grupo de advogados.
O Pentágono disse que fará mudanças para lidar com a alta nas agressões.
Fonte: Yahoo!