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Mais de 307 mil trabalhadores se afastaram em 2024; especialistas defendem subsídio a medicamentos como forma de reduzir impacto.
O número de trabalhadores afastados por transtornos de saúde mental no Brasil disparou nos últimos 10 anos. Dados do Ministério da Previdência mostram que os casos de licenças por depressão e ansiedade saltaram de 90 mil em 2015 para mais de 307 mil em 2024, um crescimento de 241%.
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Além de comprometer a qualidade de vida dos pacientes, o cenário traz reflexos diretos para os negócios e para a economia nacional. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 12 bilhões de dias de trabalho sejam perdidos anualmente em todo o mundo por conta de problemas de saúde mental, representando um custo de aproximadamente US$ 1 trilhão.
O tratamento costuma envolver psicoterapia e uso de medicamentos, mas os custos são uma barreira significativa. Segundo pesquisa da plataforma Doctoralia, com 3,4 mil pessoas em todas as regiões do país, quase 20% dos entrevistados já abandonaram o tratamento por não terem condições financeiras de mantê-lo.
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Para Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Planos de Medicamentos, programas de subsídios podem ajudar a mudar essa realidade. “Os descontos podem chegar a 100% do valor do medicamento, o que garante a continuidade do tratamento e evita que milhares de brasileiros abandonem a terapia por falta de recursos”, afirma.
Atualmente, a iniciativa já conta com a adesão de mais de 40 mil farmácias em todo o país. Quando o desconto não cobre todo o valor, a diferença pode ser descontada diretamente na folha de pagamento do colaborador. “O benefício não apenas apoia a saúde dos trabalhadores, mas também reduz o absenteísmo e aumenta a produtividade, gerando um ciclo positivo para todos”, reforça Monteiro.