06 de julho, 2025

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Advogada é condenada a 20 anos de prisão por participar da morte de professor universitário no interior de SP

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A mulher do professor universitário Milton Taidi Sonoda, morto pela enteada em 2016 em São Carlos (SP), foi condenada a 20 anos de prisão por participação na morte do marido. O júri popular começou às 14h10 e terminou às 22h45 de segunda-feira (18).

A advogada Milene Estácio foi condenada a 17 anos por crime contra a vida, 2 anos por corrupção de menores e 1 ano por ocultação de cadáver. Ela está presa desde o crime na Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte da capital.

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“Foi determinado que ela continue no presídio onde se encontra sem o direito de recorrer em liberdade”, disse o advogado da família Sonoda, Rubner Vilens Giriboni de Mello. Segundo ele, a família ficou satisfeita com o resultado da condenação.

O advogado de Milene, Carlos Renato Lira Buosi, disse que entrou com o pedido de recurso e que não há prazo para julgamento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).

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“Todos têm o direito de recurso. O papel da defesa é observar se foram efetivadas todas as garantias processuais, os direitos fundamentais e isso foi feito com bastante zelo no meu entendimento. As tramitações foram todas de acordo com o Estado Democrático de Direito e com princípio republicano”, disse.

Julgamento

Milene é acusada de participar e planejar o assassinato e incentivar a filha a cometê-lo. Durante o julgamento, ela negou o crime e disse que apenas a ajudou a ocultar o corpo. A filha foi ouvida como testemunha de defesa e negou o envolvimento da mãe no assassinato.

A jovem, que na época tinha 17 anos, ter matado o padrasto com três facadas, enquanto o irmão de 5 anos estava assistindo televisão no quarto. Ela foi julgada e condenada por três anos na Fundação Casa de Cerqueira César (SP), onde cumpre medida socioeducativa.

Mensagens de telefone encontradas pela polícia apontam que Milene sabia do crime e ajudou a planejá-lo. O motivo seria as contas da construção de uma casa. No ano passado, em entrevista, Milene disse estar arrependida.

O delegado Gilberto de Aquino, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), foi ouvido como testemunha de acusação. Responsável pela investigação do crime, ele afirmou que Milene ajudou a ocultar o corpo e planejou o crime. “Ela auxiliou a menina a matá-lo. A mãe presenteia ela com um televisor caso ela fizesse”.

O pai de Milton Sonoda, o gerente Taizo Sonoda, disse que até hoje não entende porque o filho morreu. “A gente não sabe o porquê, não entende o motivo. Até agora a gente está procurando uma resposta. Nós da família nunca notamos que poderia haver algo tão trágico”, afirmou.

O crime

O professor universitário Milton Taidi Sonoda, de 39 anos, foi assassinado em casa com três facadas em 18 de maio de 2016.

Ele era graduado em Física e mestre pela Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos. Ele morava na cidade, mas dava aulas na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba (MG), para onde pretendia mudar-se com a família.

De acordo com a polícia, o professor foi dopado pela enteada antes de ser morto e, após o homicídio, mãe e filha doparam também o filho do casal para que ele dormisse enquanto elas levavam o carro da família com o corpo de Sonoda dentro até a rodovia Luís Augusto de Oliveira e colocavam fogo no carro.

Corpo de professor foi encontrado carbonizado dentro de carro em São Carlos (Fotos: Polícia Civil/ Divulgação)

Fonte: G1

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