25 abril, 2024

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Adolescente que seria adotada por atriz é encontrada morta em paraíso turístico

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Na última quarta-feira (15/12), Giselle Itié fez um desabafo emocionante para Nayra, uma jovem de 14 anos que foi encontrada morta na Bahia. A atriz teve momentos marcantes com a adolescente, que tinha origem espanhola, e revelou à Glamour que brigou pela adoção da criança e de sua irmã mais nova.

No Instagram, Giselle publicou uma sequência de fotos em que aparece com Nayra, acompanhadas com um desabafo. “‘Será que não sabemos o que aconteceu com Nayra?’ Nayra, arrancaram muito de mim mesmo sabendo que de alguma forma o caminho era esse. era? Minha intuição. percepção. a realidade. o que você disse. sua irmã. o que eu vi. pedi. supliquei. pedi. briguei. me calaram. calei. pedi. acreditei em outros. engravidei. e desfoquei. me sinto culpada. muito. e quem conhecia Nayra. se não se sente culpada. então nada sabe da vida. sei que a culpa não vai me levar pra lugar nenhum. transmutar. e voltar pedir. lutar. lutar pela Nereida. sim. E NUNCA NUNCA mais me calar. muito de mim foi contigo. me perdoa? Nayra, 14 anos, foi encontrada morta em Caraíva”, escreveu.

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Giselle ItiéReprodução/Instagram

Giselle Itié e Nayra

Giselle Itié e NayraReprodução/Instagram

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À Glamour, Giselle explicou como era sua relação com a adolescente. “Conheci Nayra em junho de 2019. Ela, sua irmã Nereia e o pai. A primeira vez que as vi foi em um restaurante. Elas estavam sozinhas. A menor dizendo que estava com muita fome e Nayra a tratando como se fosse sua filha, dizendo para se acalmar. Ambas falando em espanhol e assistindo desenho na TV do restaurante. Chamei as duas para comer comigo e meus amigos. As meninas ficaram muito felizes. Principalmente a pequena que sempre deixou seus sentimentos transbordarem. Já a Nayra, a priori, sempre mais fechada, cabisbaixa e desconfiada. Mas com o tempo ela se soltava e virava quem realmente era. Uma criança”, relembrou.

A atriz também recordou do momento em que levou as jovens para uma apresentação em uma ONG, já que o pai não queria levá-las. “A gente decidiu levá-las. Foi uma felicidade sem fim. Não só pra elas. Mas pra mim e meus amigos também. Você não tem noção. A satisfação que elas tinham em ver a gente no público, batendo palmas e mandando beijos especialmente para elas. Meu amigo chegou a chorar tamanha emoção. Foi muito mágico. Após a apresentação, a gente foi jantar. Depois deste dia fizemos vários passeios. Praias, caminhadas, pintar e comer fora…”, pontuou.

Entretanto, quanto mais ia se aproximando, mais percebia que havia algo de errado. “Cada saída fui me preocupando. Por perceber o quanto elas eram abandonadas, por escutar os medos e anseios das pequenas. Por ver a Nayra sempre com um machucado novo. Afinal, a mãe faleceu? Ou a mãe está internada? Dependendo do dia elas levantavam um caminho diferente para a ausência da mãe. Comecei a me aproximar do pai. Para tentar entender o que de fato estava acontecendo. Em vão. Tentei expressar minha preocupação com elas. E o quanto ele faz falta. Em vão também. Quem era esse pai?”, indagou.

Giselle, então, buscou uma aproximação com a diretora da ONG de Caraíva para tentar adotar as jovens. Porém, ela não teve sucesso. “Ela disse que estava de olho. E que faria o trabalho dela. Pedi para a gente unir forças. Levantar o nome completo do pai, pedi para ela. Nada feito. Falei, falei, falei. Discutimos. Falei: quero adotá-las! E expressei que não precisava ser experiente como ela para entender que as meninas estavam sendo maltratadas. Quem era esse pai? Meus amigos e eu levantamos um grupo de whats para nos unir a favor das pequenas. Mas o tempo foi passando. Tive que voltar para o RJ. Tentei falar com a diretora, mas desta vez ela não me atendeu”, contou.

Pouco tempo mais tarde, a atriz descobriu que estava grávida e precisou focar na sua gestação. “Quando perguntava das meninas no grupo, todo mundo falava que estava tudo bem. Bem?! Toda a minha intuição e a realidade batendo na minha cara foi em vão. Tentei lutar por elas. Mas foi muito pouco. Pouquíssimo. Hoje me culpo sim. Tenho até vergonha de dizer que Nayra me chamava de madrinha. Finalizo aqui com o estômago embrulhado e chorando sem parar”, finalizou a atriz.

O caso

Na última sexta-feira (10/12), o corpo de Nayra foi encontrado já sem vida em Caraíva, distrito turístico de Porto Seguro, com sinais de estrangulamento. A menina, que tinha origem espanhola, morava com o pai, Sebastian Gatti, que é argentino, na Aldeia Xandó. Ela ficou cerca de 24h desaparecida.

Ao UOL, Gatti diz querer justiça pela filha. “Eu estou esperando que a Justiça encontre o culpado. É uma pessoa que não pode ficar à solta. Estou vendo a mobilização e estou agradecido… Sei que a justiça está trabalhando e acho que vai ter resultado”, desabafou.

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