05 de fevereiro, 2025

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Adolescente de 13 anos morre na Índia após jejum religioso de 68 dias

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A polícia indiana está investigando os pais da adolescente Aradhana Samdariya, de 13 anos, que morreu na semana passada após jejum religioso de 68 dias. O caso aconteceu na cidade de Hyderabad, no sul do país, em uma comunidade jainista. O episódio provocou comoção, e entidades de defesa dos direitos infantis pediram punição aos responsáveis.

Aradhana morreu no dia 3 de outubro. Na véspera, sua família promoveu uma procissão pelas ruas da cidade. A menina chegou a ser levada em uma carruagem com os pais para celebrar o fim do jejum. As organizações humanitárias afirmam que a adolescente foi forçada a participar do ritual sobrevivendo apenas com água, pelo segundo ano consecutivo.

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— É um assassinato planejado e cruel — disse Achyuta Rao, presidente do grupo ativista Balala Hakkula Sangham, em entrevista à agência de notícias Reuters. — Nós fizemos uma queixa à polícia pedindo a prisão dos pais e do sacerdote.

A polícia de Hyderabad abriu investigação e convocou o pai e o avô de Aradhana para depoimento no sábado. Os parentes, que não estavam representados por advogado, alegaram que a adolescente queria, por conta própria, terminar o jejum pelo período de 68 dias.

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— Na verdade, eles também se opuseram, mas ela não os escutou porque estava muito interessada em continuar por 68 dias, segundo o que eles dizem — contou um oficial, que preferiu não se identificar.

O jainismo é uma antiga religião, cuja doutrina prescreve a não violência e o amor a todos os seres vivos. Aproximadamente 0,4% dos 1,27 bilhão de habitantes da Índia seguem a crença. Em julho, acontece o ritual conhecido como Chaumasa, que prevê o jejum.

— Ela pediu permissão para o jejum. Nós pedimos que ela parasse após 51 dias, mas ela não desistiu. Seu jejum era voluntário. Ninguém a forçou — disse o pai, em entrevista à BBC.

O ativista Achyut Rao afirma que todo o país deveria se envergonhar pela existência de tal prática.

— O guru do pai disse à família que se ela jejuasse por 68 dias, seu negócio seria lucrativo A garota só bebia água, não havia sal ou limão ou qualquer outra coisa — disse Rao. — O aspecto chocante é que a família está feliz por ela ter sido uma das poucas a ser levada por Deus.

Fonte: Extra

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