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Na quarta-feira (15), a China e os Estados Unidos divulgaram uma declaração conjunta na qual se comprometeram a trabalhar juntos para combater o aquecimento global e deram o start em uma cooperação sobre o tema, que estava paralisada há um ano.
O acordo, segundo Taylah Bland, do Centro Climático da China no Asia Society Policy Institute, representa “mais um gesto político de intenção positiva do que um plano de ação”. “A Declaração de Sunnylands serve como um sinal de que o envolvimento na questão das mudanças climáticas entre ambas as partes foi retomado e está no caminho certo.”
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Para esclarecer o que foi acordado, o portal GreenBizz fez um resumo e elencou 5 conclusões que os líderes empresariais devem ficar atentos:
1-O acordo não diz nada sobre a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis. Na prática, isso significa que as empresas ocidentais que esperam reduzir as suas emissões de Escopo 3 e dependem da China para as suas matérias-primas e cadeias de abastecimento devem procurar outras fontes para redução de combustíveis fósseis.
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2-A transição para as energias renováveis deverá acelerar. China e Estados Unidos concordaram em triplicar a capacidade de energia renovável até 2030; querem reiniciar o Fórum de Eficiência Energética EUA-China, e pretendem avançar no desenvolvimento de pelo menos cinco projetos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês) de grande escala até 2030.
3-Combater a poluição plástica exigirá o desenvolvimento da economia circular. Ambos os países afirmaram que estão “determinados a acabar com a poluição plástica”, uma declaração oportuna dado o atual envolvimento de ambas as partes nas negociações para um Tratado Global sobre Plásticos, retomadas esta semana no Quênia.
4-A redução do metano ganha destaque. O CO2 não é único gás do efeito estufa; o metano é também um grande contribuidor para o aquecimento global. O acordo pontua que EUA e China se envolverão em diálogos sobre políticas de redução de metano no futuro, incluindo intercâmbios técnicos. Os países também concordaram em sediar uma Cúpula sobre Gases de Efeito Estufa de Metano e Não-CO2 na COP28, em dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
5-A COP28 vai receber um impulso extra. As duas nações, que são os maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa, comprometeram-se novamente com o Acordo de Paris, de 2015, que estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global abaixo de 2⁰C e, idealmente, não mais do que 1,5⁰C, em comparação com as condições pré-industriais. Para alguns, este é um indicador das perspectivas de ação significativa na COP28.
Fonte: Um Só Planeta – Foto: Um Só Planeta