05 de novembro, 2025

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Acidente com caminhão que transportava macacos levanta questionamentos sobre indústria de testes com animais; vídeos

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No dia 28 de outubro, um caminhão que transportava 21 macacos rhesus, parte deles usados em experimentos biomédicos, capotou em uma rodovia rural, às margens da Interestadual 59, no Mississippi, nos Estados Unidos.

Todos os animais escaparam. Três continuam à solta e cinco morreram durante as buscas, segundo o Departamento do Xerife do Condado de Jasper. Um deles foi morto a tiros na madrugada do último domingo (2) por uma moradora que disse ao The Guardian temer pela segurança de seus filhos.

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Jessica Bond Ferguson relatou que seu filho de 16 anos viu um macaco correndo no quintal de sua casa. Ela, então, pegou uma arma e atirou. “Fiz o que qualquer outra mãe faria para proteger seus filhos”, afirmou ela à Associated Press. “Atirei nele e ele simplesmente ficou parado, então atirei de novo, e ele recuou e foi aí que caiu.”

Reportagem da Abc News destaca que as autoridades do Mississippi não divulgaram o nome do motorista, a empresa envolvida no transporte dos macacos, o destino deles ou quem é o proprietário. O que se sabe até agora é que eles estavam alojados no Centro Nacional de Pesquisa Biomédica da Universidade de Tulane, em Nova Orleans.

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Mas, em comunicado enviado à agência AP, o estabelecimento de ensino afirmou que não é proprietário dos animais e não revelará quem o é de fato.

Também relatou que eles não são portadores de doenças, incluindo herpes, e “não foram expostos a nenhum agente infeccioso”, como havia sido informado inicialmente pelo gabinete do xerife de Jasper.

Os defensores dos animais afirmam à Abc News que as questões que envolvem o acidente no Mississippi e o mistério de por que os animais estavam viajando pelo Sul são surpreendentes.

“Quando um caminhão transportando 21 macacos sofre um acidente em uma rodovia pública, a comunidade tem o direito de saber quem era o dono desses animais, para onde eles estavam sendo enviados e a quais doenças eles podem ter sido expostos e que podem ter contraído simplesmente por estarem envolvidos na indústria de experimentação com primatas”, salientou Lisa Jones-Engel, consultora científica sênior em experimentação com primatas da organização Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA).

E ela continuou: “É extremamente incomum — e profundamente preocupante — que Tulane se recuse a identificar seu parceiro neste carregamento”.

No comunicado à AP, a Universidade de Tulane observou que o transporte de animais para pesquisa geralmente exige contratos juridicamente vinculativos que impedem as partes envolvidas de divulgar informações. Isso, complementou, é feito para a segurança dos animais e para proteger informações confidenciais.

“Segundo o conhecimento da Universidade de Tulane, os 13 animais recuperados permanecem em posse de seus donos e estão a caminho de seu destino original”, completou o texto.

Um macaco emerge dos destroços de um caminhão acidentado no Mississippi (Foto: Departamento do Xerife do Condado de Jasper, Mississippi)

Fonte: Um Só Planeta

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