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O número de abortos feitos nos Estados Unidos caiu novamente, entre 2014 e 2017, e atingiu o menor nível desde que foi legalizado pela Corte Suprema, em 1973, segundo dados obtidos pelo Instituto Guttmacher.
Pouco mais de 862 mil abortos foram feitos em 2017, uma queda de 7% em relação a 2014, segundo o levantamento, que atribui a tendência ao progresso dos métodos anticoncepcionais.
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Isto faz parte de uma longa tendência, recorda o Instituto. Em 2000, ocorreram 1,3 milhão de abortos nos Estados Unidos, contra 1,1 milhão em 2010.
Com 13,5 abortos induzidos por cada mil mulheres em idade reprodutiva, a taxa de abortos em 2017 atingiu seu nível mais baixo desde que a Corte Suprema decidiu, em 1973, que abortar era um direito das mulheres em todo o país.
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Apesar das medidas restritivas adotadas por alguns estados conservadores do sul e do centro do país, que levaram ao fechamento de muitas clínicas, os responsáveis pela análise “não identificaram uma relação clara entre a variação do número de clínicas e o número de abortos”.
Leis contra aborto avançam nos EUA
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Desde o início deste ano, oito estados norte-americanos aprovaram leis que vetam ou restringem o acesso ao aborto, o que levantou diversas manifestações nos Estados Unidos. Em alguns casos, a proibição se estende inclusive a casos de estupro.
O Alabama adotou a lei mais rígida, que bane o aborto em quase qualquer situação — a única exceção é quando há risco de vida para a mulher. Mulheres que abortam não seriam processadas, mas médicos poderiam pegar até 99 anos de prisão. Foi sancionada no dia 15 de maio pela governadora, a republicana Kay Ivey.
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Nos Estados Unidos, o direito ao aborto foi decidido em nível federal no caso “Roe v. Wade”, de 1973. A Suprema Corte garantiu o direito ao procedimento até o chamado “ponto de viabilidade” do embrião — entre 24 e 28 semanas de gestação. Depois disso, considera-se que o feto pode sobreviver fora do útero da mulher, e o aborto pode ser feito se houver risco de saúde para ela.
Em 2016, durante a campanha presidencial, Donald Trump já havia indicado que pretendia indicar à Suprema Corte juízes a favor de derrubar a decisão em Roe. Mais recentemente, o presidente declarou que é contra o aborto, mas favorável a exceções em casos como estupro e incesto.
Fonte: Yahoo!