26 abril, 2024

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A primeira Copa do Mundo ninguém esquece

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A Copa do Qatar está logo aí, quem sabe o tão sonhado hexa, mas e aquela nossa primeira conquista? 29 de julho de 1958, o Brasil, finalmente, ganha sua primeira copa do mundo. Se, à época, já existisse um Brazino777 certamente a seleção brasileira seria apontada como a melhor de todos tempos. Comandada pelo treinador Vicente Feola, aquela equipe do Brasil nos levou ao topo. Entre os convocados, um menino de 17 anos pisava os gramados suecos para entrar, em definitivo, para a história do futebol; um tal Pelé.

A campanha só não foi perfeita porque os ingleses arrancaram um zero a zero na primeira fase, empate que levou Feola a mudar algumas peças; Vavá, Garrincha e o menino Pelé, tornaram-se, então, titulares. A partir dali, a campanha seria irretocável.

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Jogando no estádio Rimnersvallen, em Uddevalla, o Brasil aplicou um categórico 3 x 0 na Áustria. Era 8 de junho de 1958, e o mundo não tirava o rádio do ouvido. Marcaram naquela partida, Mazzola, duas vezes, e Nílton Santos. A imprensa especializada mantinha-se cautelosa, afinal era só o primeiro jogo, mas já viam na seleção brasileira uma equipe candidata ao título. E sequer imaginava o que viria mais para a frente.

Três dias depois, 11 de junho, o Brasil viaja a Gotemburgo para enfrentar a seleção da Inglaterra no estádio Nya Ullevi, e não consegue desenvolver o mesmo jogo da partida anterior, o ferrolho inglês funciona e a partida terminou em zero a zero. Não foi, de fato, uma boa exibição e sobre a partida não há muito o que falar, exceto que seria o jogo da mudança.

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Com três alterações na equipe, Vavá, o “peito de aço”, Garrincha, que pouco tempo depois seria alcunhado por Nélson Rodrigues de “o anjo das pernas tortas”, e Pelé que ainda não era o “rei”, o Brasil encara a União Soviética. Descansada, sem deslocamento até o mesmo estádio, a seleção pisa o gramado naquele 15 de junho, marcando a história com a presença de duas futuras lendas jogando, enfim, juntas, Garrincha e Pelé. Mas foi Vavá quem marcou os dois tentos brasileiros na vitória por 2 a 0. Os soviéticos não viram a cor da bola e alguns jogadores até hoje se perguntam, o que aconteceu?

Invicta, sem tomar nenhum gol, primeira colocada no grupo, a seleção brasileira faz em 19 de junho, sua terceira partida consecutiva no mesmo estádio, desta vez contra o País de Gales. Quem pensou que seria fácil, errou. Os galeses endureceram o jogo, bem fechados atrás e estocando, por vezes, em contra-ataque, foram perigosos. Mas o Brasil se manteve calmo e soube vencer. Aos 21 minutos do segundo tempo, Pelé marca seu primeiro gol em uma copa do mundo e determina a vitória brasileira pelo placar mínimo. 

24 de junho de 1958, o Brasil está na semifinal, do outro lado, a seleção da França e do artilheiro Just Fontaine (foram 13 gols, até hoje o maior goleador em uma única edição). Logo aos dois minutos de jogo, Vavá abre o placar, mas aos nove, Fontaine empata. Prenúncio de uma partida de muitos gols e sofrimento. Didi, o “folha seca”, desempata aos trinta e nove, e o Brasil vai para o segundo tempo em vantagem. Lembram-se do menino Pelé? Foram três gols e uma seleção francesa enlouquecida. O Brasil abre cinco a um em uma semifinal de copa do mundo, fora o espetáculo. Os franceses descontaram no fim do jogo com Plantoni. Cinco a dois e o direito de ir à final contra os anfitriões.

Jogando no mesmo estádio da semifinal, Rasunda, Estocolmo, o Brasil tinha a chance de purgar 1950 e sagrar-se campeão do mundo. Não sem um susto antes, na verdade, aos quatro minutos de jogo, Liedholm fez um a zero para a Suécia. Aí uma cena antológica, Didi pega a bola no fundo das redes e caminha lentamente até o meio de campo, nenhuma palavra ou gesto. Foi a deixa. Aos nove minutos, Vavá empata e aos trinta dois desempata. O primeiro tempo terminou assim, brasileiros na frente e os suecos preocupados. Logo aos dez minutos do segundo tempo, Pelé assinala o terceiro gol brasileiro, aos vinte e três, é vez de Zagallo marcar o seu primeiro e único gol na competição. O Brasil abre quatro a um em cima dos suecos. Aos trinta e cinco minutos, os suecos esboçaram alguma reação e marcaram o segundo gol com Simonsson. E tudo parecia decidido. Não estava. Aos quarenta e cinco minutos, Pelé recebe dentro da grande área, chapelou um, chapela outro e sem deixar a bola tocar o chão marca o quinto gol brasileiro, cinco a dois e, pela primeira vez, a seleção brasileira é campeã do mundo. O futebol nunca mais seria o mesmo.

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