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O ativismo tem chegado às mais diferentes indústrias. Se antigamente soava negativo dizer isso, por remeter a protestos e greves, hoje é essencial para as empresas divulgarem o quanto acreditam e investem em propostas ligadas à responsabilidade social em seus mais diferentes níveis, como sustentabilidade, equidade de gênero, etc.
Muitas companhias até demonstram seus esforços nessa direção por meio da divulgação de relatórios anuais de sustentabilidade, que são direcionados aos investidores para mostrar como elas têm atuado para estarem de acordo com o que tem sido buscado pelo consumidor.
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No mundo da moda não é diferente e, atualmente, existem diferentes marcas ecofriendly que se preocupam com o emprego de carbono nas peças e sua forma de produção, consumo e, até mesmo, dispensa.
É o que chamamos de análise do ciclo de vida de um produto: o estudo que passa por todas as etapas da produção do fio até o fim do produto, para determinar a utilização hídrica do item e o quanto ele colabora com a poluição do planeta.
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Dessa forma, conhecer a origem do que está comprando não deixa de ser uma forma de se preocupar com o planeta e de fazer a sua parte em prol do meio ambiente e da sociedade.
Com que roupa eu vou?
Marcas que são comprometidas com a sustentabilidade divulgam a origem dos tecidos que usam, seja por meio de símbolos na sua etiqueta, seja em seu site institucional.
Algumas indústrias têm até certificações, como a ISO 14.001, que atesta o quanto se preocupam e atuam em relação à sustentabilidade.
Os produtores de tecido também têm buscado negociar com fornecedores de produções sustentáveis para que a pegada hídrica de suas fazendas seja cada vez mais verde e que isso possa agregar valor ao produto e ao traje que será feito com ele.
É o que acontece, por exemplo, com os tecidos de fibras naturais, como o algodão, o cânhamo e o linho, que tendem a ter origem em plantações de tamanhos variados e considerados poluentes devido às condições de trabalho dos produtores, o descarte de corantes na natureza e a quantidade de água usada nas lavouras.
Para reverter o lado negativo das produções, fazendas e cooperativas de produtores que costumam ser beneficiadas com a venda desses tecidos têm investido cada vez mais em formas de minimizar os impactos, seja pelo reuso de água, pela melhora das condições laborais ou mesmo pela forma com que colhem e processam os fios.
A comercialização desses fios ajuda na subsistência de muitas famílias em todo o país e sua produção tem sido cada vez mais modernizada ainda no campo, para maximizar lucro e minimizar impactos no meio ambiente.
Já as fibras sintéticas, como o nylon, são originadas de petroquímicos e acabam tendo impacto na sustentabilidade do planeta.
Recicla aí
Desde 1995 que algumas indústrias passaram a produzir o poliéster pet, uma fibra sintética feita a partir da reciclagem de garrafas pet, que tem um toque macio, flexível e confortável, e que pode ser combinada às fibras naturais para compor camisetas, bolsas, almofadas e acessórios variados.
Foi muito tempo de pesquisa até conseguir “desfibrar” a garrafa plástica e chegar ao fio que foi destinado à confecção do tecido. A multinacional francesa Rhodia foi a pioneira nessa produção e, de cara, já conquistou a atenção e as passarelas de diversos estilistas, como Alexandre Herchcovitch, Walter Rodrigues, Marcelo Sommer, Ronaldo Fraga, Reinaldo Lourenço, Glória Coelho, Renato Loureiro e outros.
Desde o ano de lançamento que tecidos com essa fibra ultramacia e eco-friendly é apresentada nas passarelas de todo o mundo, conquistando elogios e, mais ainda, promovendo o consumo consciente e que agride minimamente o meio ambiente.