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Meio milhão de alunos da rede estadual de ensino não entregaram nenhuma atividade proposta pelos professores durante as aulas remotas e podem ser reprovados em 2020 mesmo com os impactos da pandemia do novo coronavírus no ano letivo.
A confirmação foi feita ontem pelo secretário de estado da Educação, Rossieli Soares, que explicou, no entanto, que a retenção não vai levar em conta o nível de aprendizagem, mas sim a participação dos estudantes.
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Segundo o titular da pasta, poderão repetir aqueles que não entregarem um número mínimo de tarefas definido por cada escola. Em toda rede, 15% dos estudantes, cerca de 500 mil, ainda não apresentaram nenhuma atividade.
Conforme Rossieli, as escolas realizam busca ativa destes jovens e disponibilizam kits impressos para que os alunos que não fizeram atividades – seja por dificuldade de acesso ou por desinteresse – voltem a participar. Estes estudantes ainda poderão fazer aulas de reforço em janeiro.
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“Haverá avaliação das atividades recebidas e o conselho de classe vai definir se o aluno vai progredir ou não. Se ele entregou as atividades, mesmo com problemas na aprendizagem, deve prosseguir. As dificuldades serão contempladas no plano de reforço”, disse o secretário.Reprodução
Para isso, os anos 2020 e 2021 serão considerados parte de um único ciclo. Os alunos que entregarem as atividades mínimas passarão para a série seguinte e terão as possíveis deficiências identificadas neste ano acompanhadas e trabalhadas no decorrer do ano que vem – e em semanas de estudos intensivos.
Os estudantes aprovados no 3º ano do ensino médio receberão diploma neste ano, mas poderão optar por cursar um 4º ano em 2021, de reforço. Segundo a secretaria, 30 mil jovens, ou 10% dos que estão concluindo a educação básica, manifestaram vontade de cursar a série extra.
As redes municipal e particular têm autonomia para decidir sobre o seu próprio calendário e a reprovação.
AULAS EM FEVEREIRO E PARA TODOS
O governo do estado também apresentou ontem o calendário do ano letivo de 2021 com o início das aulas em 1º fevereiro, férias em julho e dois recessos de uma semana (em abril e outubro). Segundo Rossieli, a previsão é de cumprimento dos 200 dias letivos de forma presencial para todos os estudantes. “Obviamente, haverá uma avaliação da área da saúde que poderá provocar alguma revisão”. O estado pretende contratar 10 mil professores para as aulas de reforço em 2021 – entre docentes que já estão na rede e queiram fazer atividades extras e também chamando temporários.
Fonte: Jornal Metro