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Composta por setores como cultura, tecnologia, design, comunicação, moda, gastronomia e serviços digitais, a economia criativa ganha relevância no Brasil por sua capacidade de gerar empregos, atrair talentos e promover inclusão social.
Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), as indústrias criativas movimentaram R$ 217,4 bilhões em 2020, o equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Naquele ano, o setor empregou mais de 900 mil profissionais. A expectativa é de crescimento contínuo até 2030, impulsionado pela digitalização e pela demanda por soluções inovadoras.
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A Gerente de Marketing para Atração de Talentos no ManpowerGroup Brasil, Andréa Felgueiras, afirma que "a economia criativa amplia as possibilidades de inserção profissional em um mercado cada vez mais dinâmico. As empresas estão buscando talentos que consigam unir competências técnicas com habilidades criativas, favorecendo a diversidade de perfis e estimulando a inovação".
Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) indicam que o setor criativo movimenta mais de US$ 2 bilhões por ano globalmente, com cerca de 30 milhões de empregos gerados. No Brasil, há forte presença de jovens e mulheres, com destaque para áreas como audiovisual, publicidade, design e tecnologia.
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Felgueiras observa que "a flexibilização dos formatos de contratação, o crescimento do trabalho remoto e a valorização de projetos colaborativos permitem que empresas ampliem sua base de talentos, incluindo profissionais de diferentes regiões e contextos sociais. Isso representa um avanço importante na democratização do acesso ao mercado de trabalho".
O Ministério da Cultura, por meio do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), tem promovido ações voltadas à internacionalização da produção criativa brasileira e à formação de redes colaborativas entre empreendedores culturais. Além das políticas públicas, iniciativas privadas também têm investido na capacitação de profissionais criativos.
Felgueiras destaca que "as empresas que apoiam a economia criativa conseguem se posicionar de forma mais competitiva, especialmente em mercados que valorizam autenticidade, propósito e conexão com o consumidor. A criatividade aplicada aos negócios permite desenvolver soluções originais, fortalecer marcas e ampliar o impacto social das organizações".
Para ela, "a diversidade cultural brasileira é um dos principais ativos da economia criativa, pois expressões artísticas regionais, saberes tradicionais e manifestações populares têm sido incorporadas em modelos de negócio que valorizam a identidade local e promovem o desenvolvimento sustentável".
Sobre o impacto da tecnologia, Andréa Felgueiras observa que "a digitalização tem sido um importante motor para a expansão do setor criativo. Plataformas de streaming, redes sociais, aplicativos e outras ferramentas digitais ampliaram o alcance da produção cultural e possibilitaram que criadores independentes monetizassem seus conteúdos".
Ela também ressalta que "a transformação digital tem sido um catalisador da economia criativa. As empresas que conseguem integrar tecnologia e criatividade em seus processos têm mais chances de atrair talentos, inovar em produtos e serviços e se adaptar às mudanças do mercado".
"É fundamental que as organizações invistam em programas de formação que contemplem as especificidades da economia criativa. Isso inclui o desenvolvimento de habilidades técnicas, digitais e socioemocionais, além do estímulo à criatividade e à colaboração", conclui a gerente.