08 de setembro, 2025

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Mercado imobiliário registra alta e adota métricas de gestão

Mercado imobiliário registra alta e adota métricas de gestão

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O mercado imobiliário brasileiro registra continuidade de crescimento e consolida práticas de gestão baseadas em dados. Indicadores da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC/Fipe) mostram que as vendas de novos imóveis cresceram 11,8% em 2024, no maior patamar da série desde 2014. Em paralelo, os lançamentos avançaram no recorte mais recente de 12 meses, sinalizando maior oferta e planejamento de projetos. A leitura de 2025 reforça a tendência: análises do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) mostram expansão com moderação na margem, em linha com normalização de ciclos e maior seletividade regional.

A adoção de governança corporativa, metas por operação e gestão por indicadores – como taxa de absorção, giro de estoque e VSO – tem reduzido incertezas e dado previsibilidade a receitas. "É a medição sistemática que permite correções de rota em tempo real e melhora a relação risco-retorno de cada lançamento", avalia Eduardo Castano, executivo com atuação de duas décadas em incorporação e desenvolvimento urbano.

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Do ponto de vista macroeconômico, o setor mantém peso relevante no PIB e efeito multiplicador sobre o emprego. Estimativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam que a cada R$ 1 milhão investido na construção são gerados cerca de 19 empregos diretos e indiretos, o que ajuda a explicar a sensibilidade da atividade a ciclos de crédito e investimentos. Em 2025, levantamentos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram crescimento em bases anuais apesar de oscilações trimestrais, com impacto sobre renda, arrecadação e cadeias correlatas.

Os efeitos urbanos aparecem com maior nitidez em áreas com dèficit habitacional e necessidade de requalificação. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destacam que empreendimentos planejados, quando integrados a mobilidade e serviços, contribuem para revitalização de centros, ocupação de vazios urbanos e dinamização do comércio local, com aumento de acessibilidade e adensamento qualificado. Pesquisas acadêmicas da Universidade de São Paulo (USP) apontam ganhos quando o desenho do produto considera renda, infraestrutura e mix adequado, reduzindo deslocamentos e ampliando o uso social do território.

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A digitalização comercial tem sido outro vetor relevante. A integração de CRM, automação de marketing e monitoramento de funil permite ajustar campanhas, segmentar públicos e reduzir custos de aquisição. Sobre esse ponto, Castano observa: "A digitalização encurta ciclos de conversão e documenta evidências de demanda; quando combinada a governança, melhora a qualidade das decisões". Em paralelo, inteligência territorial e precificação dinâmica refinam a modelagem de VGV e a alocação de portfólio por praça, mitigando riscos de estoque.

No recorte geográfico, levantamentos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) registram avanço de lançamentos em cidades médias e regiões com infraestrutura em expansão, o que amplia a capilaridade da produção e desconcentra a oferta. A leitura conjunta de indicadores – vendas, lançamentos, VSO e duração de oferta – sugere que organizações que estruturam cadência executiva, governança e métricas de qualidade caminham com maior eficiência em cenários de crédito seletivo.

Para 2025, levantamentos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e análises do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) indicam a manutenção do eixo dados + governança + impacto urbano, com foco em produtividade e moderação de riscos. "Projetos bem planejados entregam previsibilidade para investidores e externalidades positivas para a cidade; esse alinhamento tende a permanecer central nas decisões", afirma Eduardo Castano.

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