25 de agosto, 2025

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Especialista fala sobre eficiência em usinas de gás (GNL)

Especialista fala sobre eficiência em usinas de gás (GNL)

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O setor de Gás Natural Liquefeito (GNL) vive um momento de forte expansão, com previsão de investimentos superiores a US$ 52 bilhões em novos projetos na América Latina até 2025, segundo levantamento da BNamericas. Esse movimento engloba a construção de terminais, usinas e ampliações de infraestrutura para atender à crescente demanda energética. O avanço reflete a busca por diversificação da matriz energética e maior segurança de suprimento, tanto no Brasil quanto em outros países da região.

No Brasil, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) iniciou consultas e audiências públicas para discutir o acesso a terminais de GNL. A medida é considerada um passo importante para a abertura do mercado e ampliação da competitividade no setor, permitindo que diferentes agentes possam importar e utilizar o insumo. Esse processo regulatório promete impactar diretamente a eficiência operacional dos terminais e o planejamento de novos empreendimentos.

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Segundo o portal Eixos, a entrada em operação da maior usina a gás do país reforça a expansão da matriz térmica, embora ainda insuficiente para suprir picos de demanda elétrica. Para o Engenheiro de Serviços de Campo de Controles (ESC) Elisson Nantes Lins, esse dado revela um ponto crítico: “o gargalo não está apenas na geração, mas na eficiência dos sistemas de comissionamento e automação que sustentam essas usinas. Um comissionamento bem executado pode significar redução imediata de custos e maior confiabilidade na entrega de energia”. Ele destaca que a integração entre turbinas, sistemas de controle e redes de monitoramento é decisiva para garantir estabilidade.

Nos Estados Unidos, a Administração de Informação de Energia (EIA) apontou que a demanda por Liquefied Natural Gas (LNG), em português, Gás Natural Liquefeito (GNL), segue em trajetória de alta, impulsionada pela exportação e pelo consumo interno em usinas a gás. Para Elisson, a pressão por novos projetos acelera a necessidade de padrões mais rigorosos de comissionamento. Segundo ele, “quanto mais rápida a expansão, maior a importância de procedimentos que garantam a confiabilidade das turbinas e a precisão dos sistemas de automação, evitando falhas em escala que poderiam comprometer toda a cadeia de suprimento”.

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De acordo com o portal LNG Prime, apenas entre 2025 e 2026, mais de 80 milhões de toneladas por ano (mtpa) em novos projetos de GNL deverão receber decisões finais de investimento. Esse avanço inclui projetos no Brasil e nos EUA, com grandes players negociando acordos de longo prazo, como divulgado pela UDOP. Elisson, consultor de serviço de campo na multinacional Basisgroup S.P.A, entende que o cenário é de transformação acelerada: “a expansão de capacidade sem um comissionamento rigoroso é como construir uma usina em terreno instável. O diferencial competitivo estará na automação avançada e na calibração de turbomáquinas com alto nível de precisão desde o início da operação”.

O portal Global Energy Prize destacou que os EUA vêm facilitando o comissionamento de novas termelétricas a gás, enquanto no Brasil a UTE GNA II já recebeu sua primeira turbina, segundo a TN Petróleo. Elisson observa que, em ambos os casos, o ponto de convergência é a busca por eficiência. “O comissionamento não é apenas um checklist, mas uma engenharia aplicada que envolve testes de loop, integração de CLPs e ajuste fino de protocolos de segurança. É nesse nível de detalhe que se definem a confiabilidade e o desempenho do sistema a longo prazo”, afirma.

Esses avanços se conectam diretamente à trajetória de Elisson Nantes Lins, com quase duas décadas de experiência em instrumentação, sistemas de controle e automação industrial, com especialização em comissionamento, partida e manutenção de equipamentos rotativos no setor de energia, reconhecido internacionalmente por liderar o comissionamento de turbomáquinas nas plataformas FPSO P-74 e P-76, no pré-sal brasileiro. Cada unidade foi projetada para produzir 150 mil barris de petróleo por dia e comprimir até 6 milhões de metros cúbicos de gás. Na ocasião, Elisson foi responsável pela integração e partida de turbogeradores e motocompressores, garantindo que os sistemas elétricos e de instrumentação operassem em conformidade com os padrões internacionais de engenharia e segurança.

Nos Estados Unidos, o especialista atuou na instalação de Plaquemine da Venture Global LNG, na Louisiana, apoiando o comissionamento de turbinas e compressores de grande porte. Sua experiência prática em instrumentação e automação permitiu diagnósticos em tempo real, reduzindo falhas e apoiando a operação inicial da planta. Para Elisson, que tem experiência prática com comissionamento de processos Fast LNG desenvolvidos pela Baker Hughes, incluindo configuração e diagnóstico de sistemas de controle complexos, a vivência em projetos de alta complexidade em diferentes países demonstra que “a eficiência não está apenas na potência da turbina, mas na capacidade de integrar pessoas, processos e sistemas de forma sincronizada”.

Ao analisar esse cenário, Elisson, com experiência em instalação e comissionamento de equipamentos rotativos, incluindo turbinas a gás (GE/Baker LM2500, TM2500, LM6000) e compressores centrífugos (Nuevo Pignone, Thermodyn), projeta que os próximos anos serão marcados pela consolidação de processos digitais, monitoramento remoto e manutenção preditiva. O futuro do comissionamento em projetos de turbinas de GNL será ditado pela convergência entre eficiência energética, automação avançada e segurança operacional. O Brasil e os EUA têm a oportunidade de liderar essa transição se aliarem regulação, inovação e mão de obra qualificada. Para Elisson, esse é o momento em que engenharia e inovação caminham juntas: “a automação industrial, integrada a protocolos de comissionamento mais inteligentes, é o caminho para reduzir emissões, otimizar recursos e garantir maior confiabilidade nos empreendimentos de GNL”, conclui.

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