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Entre 2014 e 2024, a participação de micro e pequenas empresas no universo de empresas importadoras formais no Brasil cresceu de 37,6% para cerca de 50%, de acordo com levantamento do Sebrae com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O aumento ocorre em paralelo ao crescimento do comércio eletrônico nacional e à ampliação do acesso a canais internacionais de abastecimento por meio de plataformas digitais.
A China, especificamente, se consolidou como principal origem das importações brasileiras. Segundo a própria Secex, o bloco formado por China, Hong Kong e Macau respondeu por 22% de todas as importações realizadas pelo Brasil no primeiro semestre de 2025, com alta de 36,7% no valor total em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa predominância reforça o papel do país como origem de produtos que abastecem desde grandes empresas até operações de pequeno porte e microempreendedores individuais (MEIs).
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Estudo conduzido pelo Sebrae, com apoio da Fundação Getulio Vargas (FGV), indica que parte dos empreendedores tem buscado diversificar sua atuação com base em informações de mercado e ferramentas digitais. De acordo com o levantamento, cerca de 66% das micro e pequenas empresas ainda operam nos níveis iniciais de digitalização, enquanto 8,4% se enquadram em estágios mais avançados.
Nesse contexto, surgem ferramentas especializadas para auxiliar esse setor, como plataformas de gestão de importação. É o caso da Use Comex, que permite simular tributos, calcular custos logísticos e acompanhar o andamento da operação, desde a negociação internacional até o recebimento no estoque. Soluções como essa apoiam vendedores que desejam organizar suas importações com base em dados, especialmente em marketplaces, permitindo acesso a categorias de produtos importados mais buscados no mercado brasileiro com maior previsibilidade de custos.
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Ainda que não haja dados consolidados sobre os efeitos financeiros diretos da importação de produtos da China por pequenos empreendedores digitais, a crescente adesão a esse modelo de operação é indicada por fontes oficiais como parte da expansão da presença brasileira no comércio internacional. Em 2024, o país registrou 28.847 empresas exportadoras ativas, segundo a Secex — maior número já apurado desde o início da série histórica, em 1997.