05 de setembro, 2025

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Dia da Alfabetização: como a família pode apoiar no processo

Dia da Alfabetização: como a família pode apoiar no processo

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Às vésperas do Dia da Alfabetização, celebrado em 8 de setembro, escolas, educadores e famílias se unem para reforçar a importância desse marco no desenvolvimento infantil. O processo de aprendizagem da leitura e da escrita marca uma etapa importante no desenvolvimento infantil. Especialistas na área da educação apontam que a participação de pais e responsáveis pode contribuir para que essa fase seja vivenciada com mais leveza, afeto e motivação.

Segundo especialistas do Elite Rede de Ensino, a alfabetização vai muito além de decifrar letras. “Para a criança, aprender a ler é como entrar em um mundo mágico. Ela precisa decodificar símbolos, sons e sentidos, e transformar esse ‘código secreto’ em algo prazeroso. Por isso, paciência, apoio e incentivo são essenciais”, afirma Mariana Lacombe, Supervisora de Segmento da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais do Elite Rede de Ensino.

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O papel da família na alfabetização
Os educadores reforçam que o ambiente familiar tem um papel insubstituível nesse aprendizado. Pequenas atitudes no dia a dia, como ler histórias antes de dormir, escrever bilhetinhos carinhosos, brincar com rimas ou observar letras em placas e embalagens, tornam a leitura parte da rotina e despertam curiosidade.

“A escola oferece o conhecimento técnico, as atividades planejadas e a metodologia. Mas a família garante o afeto, a organização e o incentivo. É como cuidar de uma plantinha: a escola rega e a família traz o sol. Quando caminham juntas, a criança floresce com mais confiança”, completa Lacombe.

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O tempo certo de aprender
Uma das principais dúvidas dos responsáveis é sobre a idade ideal para a alfabetização. Especialistas apontam que, em média, entre 5 e 7 anos, o cérebro da criança já desenvolveu habilidades fundamentais, como a consciência fonológica (percepção dos sons das palavras), memória de trabalho e atenção — como indica estudo publicado no SciELO Brasil em 2020.

“No entanto, não existe um relógio universal. Cada criança tem seu tempo, e respeitar esse ritmo é essencial para que a leitura seja uma experiência encantadora, e não uma fonte de ansiedade. Quando alfabetizamos no momento certo, a criança aprende com prazer e se sente protagonista da própria descoberta”, explica a supervisora.

Alfabetização bilíngue: abrir janelas para o mundo
Nos programas bilíngues, a alfabetização também envolve o contato com outro idioma desde cedo, o que traz benefícios cognitivos e culturais — como mostra o estudo publicado em julho de 2025 na Middle East Current Psychiatry, que demonstra que crianças bilíngues apresentam desempenho superior em tarefas que exigem funções cognitivas de alto nível e desenvolvem consciência metalinguística mais cedo.

“O cérebro infantil tem uma plasticidade incrível, o que facilita a aquisição de duas línguas sem confusão. Pelo contrário: aprender inglês e português ao mesmo tempo desenvolve flexibilidade cognitiva e amplia repertórios”, afirma Estela Motta de Lima, Coordenadora de Inglês e do Currículo Bilíngue do Elite.

Para os pais que não dominam o inglês, a recomendação é simples: curiosidade e valorização. “Não é preciso saber inglês para apoiar o filho. Cantar músicas, assistir a desenhos com legendas e perguntar como se diz determinada palavra já ajuda muito. Mais do que ensinar, o papel da família é mostrar interesse. Assim, a criança percebe sentido no aprendizado”, destaca a coordenadora.

Lacombe oferece dicas práticas para apoiar a alfabetização em casa:
– Ler histórias diariamente: criar rituais de leitura fortalece vínculos e desperta o prazer pela leitura.
– Explorar a leitura no cotidiano: mostrar palavras em placas, receitas, embalagens.
– Brincar com palavras: jogos de rima, trava-línguas e cantigas ajudam na consciência fonológica.
– Dar autonomia: permitir que a criança escolha livros e explore gêneros variados.
– Valorizar conquistas: celebrar avanços sem transformar a alfabetização em cobrança.
– Criar um ambiente leitor: manter livros ao alcance, ler por prazer e ser exemplo.

O poder da parceria
A alfabetização é um processo contínuo, que exige parceria entre escola e família. “A leitura não é só uma habilidade escolar, mas uma ferramenta de pertencimento. Crianças que crescem em ambientes leitores se tornam mais seguras, curiosas e preparadas para o futuro. Por isso, cada gesto da família é um convite ao encantamento, e cada conversa com a escola fortalece essa jornada”, conclui Mariana.

No Dia da Alfabetização, a mensagem dos especialistas é clara: aprender a ler é uma conquista coletiva, construída com paciência, diálogo e afeto. Uma chave que abre portas para o conhecimento, a autonomia e a imaginação.

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