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A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estimou um déficit anual de 106 mil profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil entre 2021 e 2025, o que corresponde a 530 mil postos não preenchidos nesses cinco anos.
O estudo Demanda de Talentos em TIC e Estratégia ΣTCEM, divulgado em 1º de dezembro de 2021 pela Brasscom, aponta que as empresas demandariam 797 mil profissionais no período, e evidencia que o país forma em média 53 mil profissionais de TIC por ano, diante de uma necessidade anual de 159 mil.
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Gabriel Pavão, Chief Revenue Officer (CRO) da multinacional portuguesa especializada em recrutamento e soluções de tecnologia YellowIpe, indica que a escassez de profissionais de TI no Brasil é resultado de uma combinação de fatores. “A formação acadêmica e técnica não acompanhou a velocidade da transformação digital, que aumentou a demanda das empresas por especialistas em tecnologia. Além disso, a ausência de incentivos governamentais para formação e atualização dos profissionais se soma à facilitação da migração de talentos para oportunidades internacionais do mercado globalizado”, observa o especialista.
O profissional explica que as áreas e perfis de tecnologia mais críticos, em termos de falta de mão de obra qualificada atualmente no Brasil, são desenvolvimento de software — especialmente back-end, front-end e mobile —, ciência de dados, segurança da informação, cloud computing e inteligência artificial (IA). “Perfis de arquitetos de soluções, engenheiros de dados, DevOps e especialistas em cibersegurança são os mais disputados atualmente. A escassez é ainda maior para profissionais com experiência comprovada e domínio de inglês”, pontua Pavão.
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Estratégias de retenção de talentos
Quase 45% das empresas relatam dificuldade na contratação de profissionais de TI, enquanto 50% destes especialistas afirmam que os salários são insatisfatórios e as jornadas de trabalho exaustivas, segundo levantamento global feito pela empresa de inteligência de dados INTWIG Data Management e divulgado pela CNN Brasil.
O executivo da YellowIpe acredita que a adoção massiva de trabalho remoto, a valorização de soft skills, o crescimento de projetos internacionais e a aceleração da formação técnica serão determinantes para reduzir a crise de talentos ainda em 2025. “A tendência é que empresas invistam cada vez mais em capacitação interna, parcerias globais e modelos de contratação flexíveis. Por outro lado, quem não se adaptar ao novo perfil do profissional de TI pode ver a escassez se ampliar”, reforça Pavão.
A pesquisa da INTWIG Data Management destaca ainda que, no Brasil, apenas 10,9% das organizações não têm dificuldades para encontrar mão de obra qualificada no setor de TI, enquanto 43,7% sofrem “um pouco” ou “em grande medida” para encontrar trabalhadores com habilidades digitais avançadas.
Para Pavão, as estratégias mais eficientes para evitar a fuga de profissionais para empresas estrangeiras envolvem oferecer planos de carreira estruturados, oportunidades reais de crescimento, remuneração competitiva e benefícios flexíveis, além de promover uma cultura de inovação e reconhecimento. “É fundamental investir em programas de desenvolvimento contínuo, feedback constante e ações de engajamento, criando um ambiente onde o profissional se sente valorizado e enxerga perspectivas de evolução dentro da empresa, estratégias que fortalecem a retenção de talentos”, declara o profissional.
Experiência internacional aplicada ao mercado brasileiro
O CRO da YellowIpe revela que a empresa atua como tech talent, conectando organizações brasileiras à profissionais do mercado por meio de hunting especializado, squads sob demanda e projetos de alocação internacional. A YellowIpe investe em parcerias com instituições de ensino, programas de capacitação contínua e onboarding ágil. “A partir de uma curadoria dos perfis, uso de tecnologia para mapeamento de competências e acompanhamento próximo durante toda a jornada do profissional, buscamos oferecer aos nossos clientes acesso rápido a talentos qualificados”, explica o executivo.
A experiência europeia em mercados maduros de tecnologia ajuda à YellowIpe aplicar metodologias de assessment, onboarding e retenção, além de adaptar práticas avançadas de recrutamento, gestão de talentos e formação de equipes multiculturais para o contexto brasileiro. “Adotamos metodologias de recrutamento, uso de IA para triagem de candidatos e processos de onboarding digital, inspirados em benchmarks europeus. Também trazemos estratégias de employer branding, programas de mentoria e políticas de trabalho remoto que têm se mostrado eficazes em mercados internacionais e agora são customizadas para o cenário brasileiro”, afirma o profissional.
Para mais informações basta acessar: yellowipe.io/